Guardo um tambor no peito. Dentro da caixa toráxica.
Dizem que tem outro nome. Eu chamo de maracatu.
Bate o tambor, estremece a caixa.
Baixa o tom pra mais batucada.
Pulsa.
Bate o pé no chão pra acompanhar o ritmo.
E pisa na terra pra sentir a energia.
E estremece com o batuque da tamborzada
Bate.
No peito, nos medos e na cara
Ritmando a dança febril,
O gingado da moça de saia rodada
O perfume vencido, fumaça de cigarro e a alma lavada
Percussão.
Sangra os pés na descida da ladeira
Encaram com dança os seus agressores.
Pulsa, bate, arde
E vai continuar batendo.
Deus queira que no mesmo ritmo.
Guardo um tambor no peito. Dentro da caixa toráxica.
Dizem que tem outro nome. Eu acho que é só batucada.
Da série: não sei fazer poema
Texto veeeeeelho, muito velho.
Postado só porque hoje, 14 de Março, é Dia Nacional da Poesia
Texto veeeeeelho, muito velho.
Postado só porque hoje, 14 de Março, é Dia Nacional da Poesia
=)