Caminhava apressado pela rua que antecede a tua minha esquina
Chovia e estava bastante frio – apesar de estarmos no verão
Sei que você achou que a qualquer momento fosse tocar sua campainha ou bater na sua porta
Ao invés disso, acelerei os passos para me distanciar da sua casa e da tua rua escura de postes tortos e lâmpadas queimadas.
Caminhava apressado entre largos passos.
A impressão que tens de mim, é imprecisa – não é contra o tempo que corro.
Mas não quero perder nem um segundo do tempo que tenho, enquanto ainda o tenho.
Eu passeio por estas ruas e não reparo nos grafites nos muros, nas paredes das casas...
Tudo que eu enxergo aqui são aquelas velhas paredes onde você não se encostava pra não sujar o vestido.
Era engraçado perceber, que quanto mais eu caminhava para longe da sua casa, mais feliz me sentia.
Feliz e leve – enfim respirava ar puro...
Todas as suas mentiras bobas, que antes me faziam rir, tornaram-se pesarosas a mim,
Suas brincadeiras me parecem bem mais pejorativas,
E de repente tudo foi perdendo o sentido!
Os sentimentos que você escondia em baixo da cama quando deveria expor na parede de entrada da casa.
As palavras que você calculava dizer pra parecer inteligente,
Toda força que você fazia pra não se expor, pra não se envolver,
Seu jogo sujo...
Tanta banalidade, meu Deus!
Tanta falta do que fazer...
É estranho e engraçado perceber, que você se esconde sem saber que já não te busco!
Continuei caminhando com a certeza de que a felicidade está nas coisas simples
Como esse frio, por exemplo, que 'esquenta’ meu corpo e me proporciona esses pensamentos aconchegantes...
Ps: O Conto estava nos rascunho e eu juro que não tive nenhuma idéia melhor!
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