E tô vivendo. Tem gente que não bebe e está morrendo.
Mas a gente não quer só bebida e eu vou começar logo o post antes que me processem por plágio.
Que eu bebo café, muito café, já deve estar implícito desde o nome do blog. Mas o assunto aqui é mais etílico do que cafeínico - se é que vocês me entendem.
Na minha interpretação, comecei a beber cedo (talvez tarde para alguns). Eu devia ter uns 12 ou 13 anos e descobri o vinho do natal na geladeira e gostei! Quando não tinha quase nada do vinho, minha mãe descobriu meu segredinho. E por aí eu já estava rindo a toa, achando a lua engraçada e a cara das pessoas deformadas!
Minha mãe nunca mais comprou vinho. Eu sim!
Depois veio o ensino médio e todo dia era dia de bar.
E por "dia de bar", não quero dizer que matávamos aula pra ficar pelos botequins-pé-sujos das redondezas, e sim que forçávamos os meninos a irem comprar a pinga pra beber na praça, no playground da praça, na quadra da escola (escondidos, óbvio) e por aí vai...
Tudo era motivo pra uma cahacinha! Se foi bom resultado nas provas, era beber pra comemorar! Se as notas foram péssimas, era beber pra esquecer. Se alguém brigasse com o namorado(a), era beber pra afogar as mágoas, sem fazer a piadinha sem graça de que elas sabem nadar! Embora saibam...
Meu estômago foi ficando "total-flex" = no álcool e na gasolina! Mais no álcool do que qualquer outra coisa, porque eu nunca gostei de cerveja. Até hoje, não suporto! Não beijo na boca de quem bebe cerveja, morro de nojo do gosto e do cheiro! Tem gente que me olha esquisito, que acha engraçado porque eu bebo de um tudo, menos cerveja! Com essa informação, calcule o meu prejuízo numa noitada ou happy our da vida! Enquanto a cervejinha dos amigos é rateada, dividida e consumida, a otária aqui paga sozinha pelos vinhos e/ou drinks e/ou batidas que compra.
Lembro que todo mês marcávamos churrasco e como um dos amigos tinha sido barman, os drinks ficavam por conta dele. Era nessa hora que morava o perigo, porque se tem uma coisa que eu aprendi a duras penas, é ter cuidado com as misturas de bebida!
E misturar bebida é uma merda! Não é que todo mundo diz? Pois é verdade, podem acreditar!
Conseqüências? Ah, as mais simples... Acabei com o prazo de validade do meu estômago!
Foram muitos enjôos, muita azia, muitas dores... E ela: a gastrite!
Também tive que lidar com a ansiedade que eu afogava na bebida.
Passei a descontar ansiedade na comida e de lá pra cá, é aquela briga com a balança.
Também tive que lidar com o afastamento de pessoas, que consideraram um "não, não vou beber", "não vou sair pra beber" ou um "não, parei com álcool", como se fosse uma desfeita ou um desmerecimento!
Pessoas que se ofenderam quando eu disse que não queria mais beber, achando que eu estava dizendo que não queria mais a companhia delas!
Talvez, no fundo não quisesse mesmo, porque é a coisa mais chata do mundo quando seus amigos estão bêbados e você está sóbrio! A não ser que você seja uma pessoa super paciente e desestressada. Nesse caso, é capaz até de se divertir e dar boas risadas da cara deles (já me aconteceu uma vez). Mas paciência e calma, realmente não são o meu forte!
Passei séculos sem beber uma gota de álcool. Ás vezes por falta de companhia, outras por falta de vontade mesmo!
Achei um equilíbrio e um limite! Mesmo porque, se eu exagero o estômago é quem sofre! Se hoje eu bebo pouco, ocasionalmente e socialmente, é porque eu já bebi tudo que eu tive direito na adolescência. Já enchi a cara e já tive todos os porres que eu tinha pra ter!
Nunca esqueci meu nome, tá? Nunca fiz coisas que me envergonharia de contar (pelo contrário, conto e morro de rir). Nunca dei grandesvexame...
E eu confesso que fiquei bem careta depois de velha. Simplesmente não vejo mais tanta graça e julgo uma grande estupidez a das pessoas que acham que sem álcool não existe diversão!
Hoje em dia, eu acho que encontrei a tal "moderação" dos anúncios.
O que eu indico? Vinho com massa, Vodcka com qualquer coisa, Caipirinha bem preparada, Amarrula com chocolate, Batidas com frutas... Tem opções pra todo tipo de paladar!
Só não vale esquecer aquela tal de moderação! ;-)
Termino esse post com um diálogo da peça Nós na Fita, com Leandro Hassum e Marcius Mellhem (por acaso em duas únicas apresentações no Vivo Rio, dias 14 e 15 de fevereiro):
"-Já está mais do que comprovado, que em 30% dos acidentes automobilísticos o motorista havia ingerido álcool em excesso!
-Ah é? 70% bebeu água e se fodeu! Tâmo na frente, gente! Bóra beber!!!"
Explicando o post:
Vini, desafio aceito! Taí o post sobre bebida!
É assim que se acaba com uma boa reputação (ou não)
Isso é, se eu ainda tiver alguma...
*post agendado
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