30.12.09

Sobre 2009



Eu estou em recesso! Não o blog, eu mesma!
Estou enterrando 2009 e esperando que ele me faça o favor de ficar bem enterrado!
Estou apenas esperando 2010 chegar logo.
E ele está atrasado, já estou esperando por ele faz tempo!

É isso! Bons ventos para nós =)



- Adeus 2009, vai embora de uma vez que você não vale uma retrospectiva!




Ps: Fica subentendido que eu desejo a todos um Feliz Ano Novo,
todas aquelas coisas e blablabla whiskas sachê
=)

14.12.09

O Riso da Terra

(ou um dia dos palhaços com bastante atraso)

A alegria é coisa q avôa

O Riso da terra é o nome de uma companhia de circo mambembe!
Viajam em uma carroça de cidade em cidade, parando onde exista o mínimo de público e encantando todos por onde passam. Fazendo o jovem Tonho se apaixonar por uma jovem artista. Essa companhia é formada por duas pessoas: Clara e seu padrinho. Estou falando do filme "Abril despedaçado".
"O Riso da terra" = o que é a arte circense se não isso?
Fazer arte não é fácil. Fazer arte não é vagabundagem.
E falando nesse sentido de arte, espero que pensem com abrangência. Pensem em música, em literatura, em teatro, cinema, circo...
Pensem também naquela vizinha fofoqueira que responde "mas emprego de verdade ele não tem?" quando sua mãe diz que o filho trabalha com arte.
"Emprego de verdade" - como se trabalhar nesse segmento não tivesse o mínimo de seriedade, de verdade e comprometimento.

Teatro de Anônimo

Eu fui por outros caminhos, mas sempre quis trabalhar com arte.
Hoje, eu tenho um privilégio enorme de ter caído bem no meio de um ambito circense. Tenho o prazer de conviver com palhaços e acrobatas e sei que as aulas de trapézio e acrobacia aérea, são o ponto alto dos meus dias e trazem um tanto enorme de sentido e felicidade pra minha vida!
Fui cair no meio das oficinas de acrobacia aérea ministradas pelos artistas do Teatro de Anônimo.
Um grupo de pessoas maravilhosas que trabalham naquilo que chamam de Teatro Popular Circense.
O Grupo é responsável pela criação do evento Anjos do Picadeiro – Encontro Internacional de Palhaços que reune artistas nacionais e internacionais. É fantástico!
Além disso, todas às quintas feiras, o grupo transforma o Espaço 01, na Fundição Progresso, em um teatro-cabaré com cenas cômicas e números circenses.

Eu ainda volto pra esse personagem... Juro!

Há pouco tempo atrás, estive em um Projeto Social inspirado nos Doutores da Alegria, isso é, palhaços que visitam pessoas. Um grande aprendizado e uma experiência que eu pretendo repetir assim que puder.
Não faço nada profissionalmente, sou aprendiz, amadora, aluna. Faço por prazer.

Arte nenhuma é minha fonte de renda e duvido que um dia seja.
Pra mim, é um enorme prazer, mas fazer arte é um ato de bravura!
Tem seu lado lúdico, bonito e encantador - e quem dera fosse o único lado dessa moeda.
Fazer arte é tornar a vida mais leve, menos efadonha. É colorir o preto e branco dos dias e levar um pouco mais de sentido à tantos vazios que precisam ser preenchidos com um conteúdo decente, de não-violência, de não-banalidade.
Fazer arte é tornar o mundo mais bonito, mesmo que seja por um breve instante, pelo tempo de um número no centro de um picadeiro ou no tablado de um palco.
Ecoar o som do sorriso de uma criança e emocionar os adultos ao redescobrir a criança adormecida em si mesmo.
É não se render ao comércio, ao jornalismo, ao marketing, à internet, à política, às publicidades...
É nadar contra a maré mesmo!
E será que depois de tanto esforço, hoje tem marmelada? Ahhh tem sim senhor! Tem que ter!
Afinal a gente "sabe que o show de todo artista, tem que continuar".

Bravo aos artistas circenses e aos circos intinerantes, mambembes!
Bravo aos atores de teatro que não se redem à Malhação!
Bravo aos Saraus, aos Palhaços de hospital e aprendizes de Pacth Adans!
Acho muito, muito digno!!!


Eu mesma...


Eu me apaixonei por aquilo que produz o verdadeiro "riso da terra"!
Ainda que essa "terra" seja só a do meu quintal.
Feliz Cultura pra Vocês!




Ser palhaço, é desprender-se de si mesmo,
pra poder ser o que você realmente é!
~Dênis Goyos

9.12.09

Das Palavras


We♥It


Simples como qualquer palavra que eu já nem preciso falar
-Anitelli

As palavras sempre me foram poucas. Quando eram muitas, traziam o arrependimento por falar demais.
Quando não, destoavam do meu verdadeiro tom.
Palavra quando usada demais desbota. Que nem jeans surrado. Que nem allstar muito usado.
Perde a cor, que nem roupa colorida lavada por muitos anos!
Palavras são displicentes. Perdem partes da gente pelo caminho. Deixam cair pelo chão, pedacinhos de sentimentos que deveriam levar até quem nos ouve. E são tão poucas, que não conseguem explicar ao coração o que é esse descompasso, do que é feita essa angústia, como desenrola esse emaranhado de sensações.
As palavras nunca serão o bastante e a minha sina é viver perdida entre elas, buscando algo que satisfaça essa dúvida constante: o que dizer?
O que dizer quando me sento sozinha no chão do quarto juntando os pedacinhos que perco ao longo do dia?
Como explicar que a ausência de certas peças ocorre, porque as perco no caminho, na rua e não apenas dentro de casa?
As palavras se confundem nas preces em todas as vezes que eu rezo baixinho dizendo nomes sem nem ao menos saber porque.
Talvez nomes de caminhos cruzados, histórias incompletas, sonhos perdidos na névoa dessa cidade cinza. Cinza, cada vez mais cinza!
As palavras não dizem, mas os sonhos perdidos querem voltar para casa e ás vezes conseguem. Passam dias circundando sua antiga morada, como um filho pródigo que não sabe como será recebido e só depois de muito tempo tomando coragem resolvem voltar.
Não ouso contestar quando dizem que algumas palavras são desnecessárias. Por mais que eu escreva, por mais que queira dominá-las e entendê-las... São só palavras e saem perdendo quando quem entra em campo é o sentimento. Esse sim, robusto e imponente, tem o poder de calar todas as palavras do mundo quando lhe convém.
O grande problema é entender qual é o sentimento que faz sentido. Assim, sem forma, ele é tão fraquinho que entende que apenas os sentimentos que fazem sentido é que tem força o bastante para ser independentes. Acho que só me resta esperar que ele encontre o sentido sozinho, eu já não tenho pressa e nem forças para fazer isso por ele.
As palavras sempre me foram poucas e ainda assim, eu preciso delas pra explicar um pouco do que eu sou, pra descomplicar um pouco essa complicação sem fim.
Preciso dela pra contar os dias, as horas... Todos os segundos dessa história sem pé nem cabeça.
Eu entendo mesmo é de pausas, virgulas e reticências.
Eu gostaria de escrever essas coisas sem parecer louca e sem parecer fútil, mesmo que apenas quem vive algo parecido me compreendesse.
Mesmo que esse alguém fosse apenas eu. Ou você. Ou nós dois, quem sabe?
Mas palavras são tão concretas, tão objetivas... Elas dizem demais sobre aquilo que não precisa ser dito.
Me confundem mais do que eu já me confundi nesse texto. E são eternas a partir do momento que as escrevo. Elas me revelam, me denunciam, me espelham, me delatam, me dilatam, me torturam, me aliviam...
Me salvam de mim mesma e dessa luta que eu travo todos os dias, comigo mesma: minha pior inimiga e maior aliada.
Eu vou embora, mas as palavras ficam tentando explicar se isso pode ou não fazer sentido!




"Escrevo como que para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha."
~Clarice Lispector.

3.12.09

Ando meio desligada...




Tropeçar sempre na mesma pedra é distração demais para uma pessoa só!


Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
Expresso pra Dois © Todos os direitos reservados :: Ilustração por Rafaela Melo :: voltar para o topo