19.5.10

Salada Musical - III

Se tu quiseres saber quem eu sou...


Eu sou a soma de tudo que vejo. Eu sou daqui, eu não sou de marte. Eu sou letra simples. Eu sou tão menina, meu tempo passou. Eu sou colombina, eu sou pierrot. Eu sou a luz das estrelas. Abra a janela e veja: eu sou o sol! Eu sou a mosca que posou na sua sopa. Você não sabe de onde venho, o que eu sou nem o que tenho. Eu sou terrível. Eu sou uma fera de pele macia. Cuidado, garoto, eu sou perigosa! Eu sou mais eu, mais gata, numa louca serenata. Eu não sei na verdade quem eu sou, já tentei calcular o meu valor. Eu sou neguinha? E eu sou rebelde? Acho que eu sou fruto da imaginação, a imagem viva da ilusão. Eu sou assim. Se você quer ficar, nunca vai saber onde vou. Eu sou assim. O que parece ser, não é o que sou, não! Eu sou do povo, eu sou um zé ninguém! E eu irei em qualquer direção, e voltarei. Eu sou meu guia. Mas o fato de eu ter mudado minha vida, não mudou quem eu sou. Você é desejo, eu sou paixão. Mas você não tem muita chance, não me venha com romance. Porque eu sou free, free lance! Eu sou sua alma gêmea, sou sua fêmea, seu par, sua irmã. Eu sou seu incesto (seu jeito, seu gesto). Sou perfeita porque, igualzinha a você, eu não presto. E eu sou rica, rica, rica de marré de si. Mas eu sou feita pro amor da cabeça aos pés e não faço outra coisa do que me doar. Se causei alguma dor não foi por querer, nunca tive a intenção de te machucar. Eu sou parte de você, você não é parte de mim. Eu sou sem compromisso, sem relógio e sem patrão.
Eu sou irresponsável, me chame assim mesmo. Eu não sou do meio, sou do princípio ao fim. Eu não sou do meio, não sou do meio termo. Quero todos os gestos ou nenhum. Você sabe como eu sou, como eu era e serei. Só você pode saber. Eu quero ver você dizer que sou ruim. E sabe do que mais? Eu sou como o tambor que ressoa mais dentro dele que da pessoa. Assim mesmo eu sou. Sou de qualquer jeito, nem tudo eu respeito, pra onde for o vento eu vou. Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão. Eu sou um déspota esclarecido nessa escura e profunda mediocracia. Diga ao primeiro que passa, que eu sou da cachaça mais do que do amor. Acontece que eu não tenho escolha, por isso mesmo é que eu sou livre. Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição.

Eu sou assim... Canto pra me mostrar de besta.
Mas se é pra eu tentar ser alguém bem melhor, deixa eu tentar ser quem eu sou.






Eu adoro fazer esses posts musicais





Tem um monte de texto novo nos rascunhos (mais de 30).
Mais um monte que eu estou terminando de escrever.
Só que não quero postar enquanto estou sem internet em casa 
e não posso acompanhar a opinião e as perguntas de vocês... 
#mimimi

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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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