11.8.07

Marasmo...



Como me cansa a mesmice que vejo ao abrir os olhos...
Nada muda, tudo é sempre igual.
Mesmice é um amontoado de coisas inalteradas, é uma porção de tédio regado com o supra sumo da rotina.
Mesmice é marasmo, monotonia...
Queria fazer que nem o personagem da canção, de onde ouvi essa palavra pela primeira vez: 'deixar pra trás todo marasmo da fazenda só pra sentir no meu sangue o ódio que Jesus me deu'.
Mas no meu caso, eu já passei muito tempo sentindo o ódio que tinha em mim. Agora, é o tempo de deixar pra trás a monotonia dos dias cinzas e sentir no meu sangue sentimentos mais amenos.
Inundem-me de amenidades, que eu preciso respirar novos ares!
Eu já ando mesmo de sem paciência de andar em círculos e de não chegar a lugar nenhum, porque nenhum caminho me leva onde quero.
Como me cansa, perceber que as canções que ouço, não embalam mais os sonhos que ainda ouso acalentar.
A vida me dói...
Dói como uma topada numa pedra que arranca a unha do dedão.
E ninguém vai perceber, que cada palavra que eu faço desfilar nessa passarela de papel, é uma parte de tudo que eu sinto.
Será que ninguém percebe quando eu caminho, já nas pontas dos pés, na corda bamba que divide o limite do meu cansaço e o limite de até onde posso suportar?
Eu estou mais do que cansada, porque cansaço é só aborrecimento, pernas latejando e dor nas costas. Cansaço é só uma parte de você que quer dormir mais cedo pra recuperar a força, a disposição e a vitalidade.
Eu estou exausta, doente de tão exausta.
É fadiga, é dor, fraqueza e desalento... Isso é muito mais do que um simples cansaço.
E é notável esse desânimo a qualquer um que me olhar nos olhos.
O primeiro que me recitar aquele poema dizendo que “viver não dói” leva um pontapé no traseiro e uma mão fechada no rosto. Não quero me cansar de ser incompreendida, mas a insistência é tão grande...
De fato, viver não dói mesmo não! É a forma que a gente vive que dói!
E a minha vida me dói... Dói que só eu sei o quanto!


Só um avisinho: Não vou postar nada sobre dia dos Pais e não vou ler nada sobre isso em blogs, fotologs, sites... o que seja!
Não vou comentar e peço que não comentem!





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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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