7.8.07

Pré-conceitos


~Gabriel o Pensador


Estava esses dias passando pela sala e parei para espiar a novela da Record. O personagem Guiga, um rapaz negro, vê um jovem deixar a carteira cair no chão e abaixa-se para pegar e devolver ao dono.
Logo o dono começa a gritar achando que estava sendo roubado e um segurança aparece para prender o suposto ladrão. Cena clichê e previsível na teledramaturgia, mas se a cena é clichê, mais clichê ainda é o comportamento das pessoas em pleno ano de 2007.

Quando eu era pequena, diziam que no ano 2000 o mundo ia ser muito diferente, que tudo ia ser mais avançado, teríamos aparelhos revolucionários e tinha até uma suspeita de que o mundo ia acabar no ano 2000.
Como podem ver, o mundo não acabou e as pessoas continuam vivendo como a 100 anos atrás.
Pelo menos alguns pré-conceitos continuam os mesmos!

Eu acho um absurdo, que evoluídos do jeito que achamos que somos, ainda exista tanta gente sendo discriminada pela sua cor, crença ou classe social.

E daí se o seu amigo é preto e você é branco, se o seu vizinho é mulçumano e você é budista, se ele á católico e você evangélico, se você é tímida e seu namorado é romântico, se o amigo da sua irmã é homossexual e você é heterossexual, se eu gosto de Mc Donalds e você gosta de plantas e chá verde, se eu como carne e você come vegetais, se você é bonito e eu sou feia, se eu sou expansiva e você retraído, se eu falo demais e você de menos, se ela é flamengo e você é botafogo, se o seu pai é corintiano e você é palmeirense, se eu sou carioca e você é paulista, se você é brasileiro e eles são africanos, jamaicanos, índios, americanos, irlandeses, cubanos... Argentinos...
E dai?
E daííííííííí?

Eu acho que as pessoas que se acham melhores do que outras, por qualquer motivo que seja, só podem ter um alto grau de insanidade mental!

Somos uma coleção de rótulos ou ainda somos seres humanos?






“Somos todos iguais, na chegada e na partida, no encontro e despedida, na jornada pela vida sem saber que a resposta está dentro de nós”
~Catedral






d-_-b - May it Be - Enya

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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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