10.9.07

Greenpeace na minha casa

Da minha Janela...

Moro em um condomínio de casas iguaiszinhas e de pessoas muito diferentes.
Tem aproximadamente 5 anos que moro aqui e quando eu vim pra cá, chorando horrores, não queria me mudar de jeito nenhum.
Porque ia ter que pegar ônibus, porque era longe da casa da amiga, longe do amigo, longe da escola, longe do curso, longe da academia, longe da Vó, porque disseram que no bairro falta água, porque no bairro não tem nada pra se fazer, porque, porque e porque.
No primeiro dia não dormi. E acho que só dormi, de fato, quando consegui arrumar todas as minhas coisas. [ironia, tento arruma-las até hoje...]
Quando eu cheguei aqui, muitas casas ainda estavam vazias e eu me questionava se não seria melhor a gente ter ido morar na nº51 ao invés da nº49, porque o quintal da nº51 era maior do que o nosso.
Mania de achar que a grama do vizinho é mais verde do que a nossa, ainda que a casa não tivesse grama e nem ao menos moradores.
Alguns vizinhos que eu tinha conhecido quando me mudei, não moram mais aqui.
Depois comecei a trabalhar longe, muito longe de casa.
Umas duas horas [no mínimo] de distância.
Acordava ás cinco, pegava o ônibus antes das seis e chegava em casa depois das 20:00 - em outras palavras, com isso eu explico porque não tenho muitas amizades por aqui.
Depois que saí desse emprego, já estava acostumada a não falar com as pessoas e assim fiquei.
Hoje, tenho amizades com alguns vizinhos e um antigo conhecido também mora por aqui.
Eu voltei a fazer caminhada e com isso, passei a reparar um pouco mais no condomínio que eu moro.
Deram uma super capinada no campo de futebol na rua de trás, alguns moradores mudaram um pouco o 'layout' do muro e da varanda - o que eu acho muito feio se tratando de um condomínio de casas padronizadas - mas cada um manda no seu nariz - ou melhor, na sua casa.
Lembrei de quando cheguei no trabalho semana passada e vi a Defesa Civil cortando as árvores da calçada.
Eram árvores tão bonitas e 'folhosas'... Tá certo que elas estavam 'arrancando' os fios e quebrando a calçada, mas precisava deixar as coitadinhas só no tronco? Não podiam ter só podado os galhos? Que tristeza...
O que eu quero comentar com toda essa história, tem mais a ver com o titulo do que tudo o que eu já disse até agora.
Há cinco anos atrás, quando mudamos pra cá, em frente de cada casa havia uma mudinha de árvore.
Infelizmente, algumas pessoas arrancaram.
E eu, feliz, pude constatar olhando pra árvore forte e bonita em frente á minha janela - de onde ouço os insistentes passarinhos querendo me acordar e na primavera vejo as flores amarelas-alaranjadas - que a minha árvore é uma das mais bonitas e bem cuidadas desse condomínio!

Enfim, a grama mais verde é a minha!




A Foto é antiga, mas acredita que continua assim?

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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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