10.11.07

Plantando Ervas Daninhas, Colhemos Danos...



Com a mesma destreza que eu embaralho todas as peças sobre a mesa, sou capaz de re-montar todo o cenário desse quebra-çabeças, porque hoje tenho todas as respostas das antigas perguntas.
Se ocasionalmente eu ficar sem respostas, não é por não sabê-las e sim por não querer dizê-las.
Mas não, não se preocupe, eu não fujo mais das verdades porque elas não me assustam mais. Não tenho mais medo, mas posso evitar de encontrar com elas em cada esquina que eu for passar.

De repente, um anjo visitou-me em sonhos e me presenteou com uma visão mais ampla e eu me senti com se tivesse olhos de tandera.
Talvez ele apenas tenha tirado a venda dos meus olhos, mas seja como for, eu enxergo além dos fatos, das pessoas, das palavras...
E não adianta mais você tentar me fazer enxergar pelo seu ponto de vista, porque eu tenho o meu próprio e ele é bem melhor que o seu.
Não me obrigue a explicar aquilo que você in ou conscientemente já entendeu.
Embora, 'agora', você esteja disposto a me emprestar seus lápis de cor, eu já tenho as minhas próprias cores e desenho meus próprios cenários, meus monstros e heróis.
Fiz da espera o ócio criativo que me trouxe novos rumos, o que é bastante ludoterápico.
Desconfio que não era tão sério... acho que era só um quebra-cabeças que depois de montado, não temos mais razões para jogar.
E por falar nisso, nesses assuntos que hoje me são tão lúdicos, percebo com perplexidade que eu brinco com as palavras enquanto você tenta, sem sucesso, compreender minhas metáforas.
Eu crio esses contos pro tempo passar mais rápido, pra chuva molhar a terra seca, pra germinar as novas raízes que eu plantei...

Fomos nós que erramos as sementes, fomos nós que plantamos nossas sementes em uma terra estéril.
E se as ervas daninhas eliminaram as rosas que tínhamos no quintal, não culpe nossa falta de cuidado mas a nossa distração.
Ás vezes, não notamos que algumas plantinhas que parecem tão bonitinhas, são na verdade parasitas que se alimentam daquilo que realmente é flor e rosa e planta e árvore e vida...

No fim das contas, o anel não era de vidro e nem o amor que me tinhas era pouco,
Mas mesmo assim se quebrou e acabou!




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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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