13.12.07

Pratododia

...Nem me lembro o que foi diferente


Desde segunda-feira estou querendo escrever neste empoeirado blog...
Confesso que dessa vez não foi falta de tempo e nem de vontade: foi falta de palavras! [sim, elas também me faltam]

Sem horas e sem dores...
Esse fim de semana que passou, estive em SP pro show de 4 anos do Teatro Mágico - gravação do novo DVD/CD.
E eu juro pra vocês que eu ia tentar fazer uma resenha sobre o show, mas como esse foi o fim de semana que mais mudou a minha vida [em todos os bons sentidos] eu resolvi fazer um diarinho/clichê/mimimi mesmo.
Não dá pra falar do show sem falar de coisas bem pessoais... Desculpem...


Eu poderia dizer o quanto eles estavam ótimos no palco, poderia comentar os imprevistos e as surpresas do show, poderia reclamar do tiozinho da grua que ficava na frente das minhas fotos ou comentar que a Ligia, a Gabi e o Rober [aiimm o Rober] passavam o tempo todo entre a gente pra chegar onde o tecido, o trapézio e a lira estavam montados...
Poderia comentar da energia do Anitelli - parecia que estava há dias sem cantar, estava com a voz perfeita...
Poderia falar dos músicos, do prazer de conhecer Donella e Ivan [que nunca vieram ao RJ], da disposição da trupe [os dispostos se atraem]...
Eu poderia falar da fantástica gravação de "SobreOutrosNomes" com a participação de Arnaldo Antunes...


Nota de esclarecimento: Durante anos, o Fernando Anitelli imitava o Arnaldo Antunes nessa música e dizia que o Arnaldo não sabia, mas que um dia iria participar dessa canção! Feito!

Eu poderia dizer inúmeras coisas sobre o show, mas não vou!
Primeiro, porque quem não foi, não foi - passou, não dá mais, 'perdeu preibói'.
Segundo, porque não adianta falar - só estando lá pra saber.
E terceiro, porque vai sair em DVD - claro que não se compara em estar lá, mas é um consolo. [eu acho]

Mas o principal motivo, o principal mesmo, é que eu não posso falar desse show sem pensar nas pessoas que estavam comigo.

Teve gente que marcou de me esperar e me deixou esperando na rodoviária [isso depois de 6 horas de viagem, crueldade - né Ju?]
Teve gente que eu deixei esperando no aeroporto, porque eu achei que a Ju sabia chegar lá [e não sabia]
Teve gente que me disse que não iria e que eu só vi lá dentro do show [quase tive um troço, Edu e Damasco, façunão gente]
Teve gente que me achou no fim do show, inacreditavelmente, sem conseguir falar comigo no celular! [santo poi roxo e verde]

Mas principalmente, teve uma pessoa que prometeu que ia, fez contagem regressiva, foi e fez deste, sem dúvida, o melhor fim de semana da minha vida!
Pra pular abraçado, chorar com 'aquela' música, se emocionar, dançar sem saber, errar a letra, gritar as falas, pintar [ou não] a cara, se descabelar, falar errado - mas falar o que “querer” e jurar que tudo é uma coisa só - é tudo parte da mesma emoção, da mesma magia... [uma parte que não tinha, uma peça que faltava e não falta mais]
Aí é mérito do Teatro Mágico, porque pra juntar tudo que eu preciso numa coisa só, tem que ser mais do que especial - tem que ser mágico!
Quero isso todo dia!

E digo mais, o show só foi perfeito, mágico, incrível, fantástico e mais um monte de adjetivos que não sei usar agora, por causa deles! Mais precisamente, por causa dele...
Um Anjo que veio até mim e me trouxe um sentido que não existia antes.
Sabem quando você chega numa situação da tua vida que você pensa: "nhhaammm, agora tudo faz sentido"? - isso é muito bom!
Fico pensando no que eu poderia dizer, mas descobri que nem se eu engolisse um dicionário inteiro encontraria palavras suficientes.
Fico com aquela sensação de que algumas pessoas tem o poder de transformar o dia, o espaço, o tempo e qualquer lugar em que estejam em algo de bom, necessário... RARO!
Durante o dia, essas pessoas fazem as nuvens parecerem algodão doce. E se de repente anoitecer, fazem o céu parecer de brigadeiro...
E só pra citar Teatro Mágico [ahh é, o post era sobre eles]:


"Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito"


E se for sonho, por favor, não me acordem!
Eu tenho sorte... podem me invejar!


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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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