8.1.08

Limpando a Poeira...



Desde o ano passado que eu não atualizo este blog! E se me perdoem confessar, por absoluta falta de vontade mesmo porque tem um monte de coisas no rascunho!
Talvez não exatamente "vontade", e nem falta do que falar - talvez falte apenas um"como" dizer tudo que eu tenho vontade.
Estou num momento muito egoísta da minha vida. E "egoistamente maravilhoso" se interessa saber - daqueles que você vive quase em um transe e não quer sair de jeito nenhum - nem pra escrever um post e dizer: "tô viva".

Mas antes de continuar, porque esse assunto egoísta rende demais deixa eu contar pra vocês como foi meu Reveillon.

A Comunidade Pratododia, me deu um um? presente de natal maravilhoso - e adiantado pacas - que foi a amizade arrebatadora com pessoas raras, raríssimas.
E foi com essas pessoas que eu passei a virada do ano de 2007 pra 2008.
Fizemos um "pré-reveillon" na casa do Edu, amigo querido, onde pudemos papear, brincar, cantar, comer e acreditem, ir pro meio da rua - mais precisamente pro sinal de trânsito - fazer malabares e tirar fotos. Sim, eu tenho fotos pra provar!
E foi divertidíssimo, de verdade!

Depois das loucuras tão comuns e normais que costumamos fazer quando estamos juntos, fomos pra Copacabana numa aventura que envolveu cantoria e gritos que transformaram um coletivo em ônibus escolar - até que o ônibus quebrou no meio do caminho e tivemos que pegar outro, lotado e zuar o dobro pra não perder o bom humor com esse primeiro imprevisto.
Em Copa, outra aventura pra encontrar e juntar ao grupo as pessoas que foram direto pra Copa.
E acreditem: encontramos todo mundo no meio daquela multidão!

O Segundo imprevisto, foi de uma causa mais pessoal.
Por volta das 23hs, tentei mandar uma sms e o serviço da Vivo não completava o envio da mensagem. E como se não fosse ruim o suficiente passar o ano novo longe dele, também não consegui sinal pra falar no celular! Nem venham dizer que a culpa é minha porque a Vivo é ruim, dessa vez TODAS as operadoras estavam fora do ar. Sei disso pq eu tentei ligar de Vivo pra Tim, de Oi pra Tim, de Tim pra Tim e nada...

A meia noite chegou mais cedo em Copa, não sei quanto tempo, talvez só uns dois minutos...
E virar o ano com pessoas tão especiais, foi sem dúvida, maravilhoso! Aquele abraço raro, da pessoa rara, á meia noite, é sem explicação! E todas as declarações nos primeiros minutos de 2008 que eu disse e ouvi, também não tem preço. Amizades que vieram pra ficar!
As brincadeiras, os sorrisos, chamar atenção da praia inteira com Pois de Fogo[né Edu, Rafa e Damasco?] e com Pois de Vagalumes -como o Edu chamou as luzes de Led que eu amarrei no meu poi de pano...
Enfim... Detalhes que só sabe mesmo quem esteve lá!

Saímos de Copa e fomos andando pra Ipanma - aqui começou o programa de índio - e foi a pior coisa que fizemos!
Ipanema nunca foi tão longe... Chegando lá, só algumas pessoas foram pra Rave - quase todo o grupo ficou morgando na areia - longe da rave.

Mas à meia noite em Copa, o meu pensamento estava lá longe, no RS - ou melhor, em SC, que é onde ele estava. Mas o sentimento que mais pesou, foi a saudade. Uma saudade absurda e ensurdecedora! De alguma forma, é como se a ausência dele fizesse tudo parecer vazio e sem sentido - óbvio, o sentido é ele quem traz.
Eu abraçava o Edu e não sabia quem chorava mais: ele ou eu - cada um por seus motivos.
E o celular sempre na mão, rediscando o tempo todo sem completar uma ligação sequer...
Faltou ele. Faltou a parte mais importante da minha vida pra abraçar á meia noite e tentar dizer uma parte de tudo que ele foi na minha vida no ano que passou e tudo que ele ainda vai ser no ano que nem começou ainda.

A salvação da noite, que é também a salvação diária da minha vida, foi conseguir falar com o amado por alguns minutos - até o sinal sumir de vez de novo.
Aquelas poucas palavras embargadas num choro mole que eu consegui dizer pra ele, eram pra ser ditas, ou melhor, sussurradas bem de perto.
Aquele abraço que eu não pude dar, aquelas declarações que eu não pude fazer e aqueles momentos que não pudemos passar juntos, ficaram flutuando no ar, pairando na minha cabeça e mareando meus olhos o tempo todo [ate agora].

Mas eu não reclamo! Não posso reclamar.
Aliás, o que eu posso reclamar da vida se tem tão pouco tempo que eu comecei a viver?
Antes eu só existia, mas ele trouxe um sentido pra minha vida que não existia antes.
E esse é o ponto em que recomeço e volto a falar do momento mais egoista da minha vida - o momento que eu quero só pra mim, mas acabo falando aqui porque eu estou tão feliz e isso é tão óbvio e tão notável, que fica dificil querer guardar só pra mim!

Sabem... eu sou uma pessoa de sorte!
Tenho comigo a pessoa mais maravilhosa do mundo. A única pessoa que me deixa sem ação, sem palavras, sem chão...
Isso porque é único! Não adianta, não tem igual e nem sequer parecido!
E eu fico meio abestada de pensar que ele está comigo e que quer estar do jeito que ele diz que quer!
Eu me derreto só de ouvir a voz dele, com aqueles erres e esses tão 'perfeitamente normais' quanto o meu sotaque chiado que ele adora.
Eu, achando que já sabia muito sobre a vida, pensava que eu já conhecia tudo dessas coisas de amor e dor, saudade e coisas do gênero. Tola! Eu não sabia de nada, eu achava que sabia.
Como eu poderia saber se antes não tinha ele?
Foi ele que chegou e explicou o mundo pra mim - sim, isso foi um plágio ao Nando Reis.
E mais do que explicar, trouxe pra minha vida um sentido que não existia - a minha parte que não tinha e que agora é a parte mais importante da minha vida! Pra todo dia e pra toda vida!
O Resto é saudade e espera por dias melhores, com ele do meu lado.
E esses dias virão, porque 2008 acabou de começar e nós temos muito o que viver ainda...


E em breve, muito em breve, eu vou estar cantando Engenheiros:
"Da janela do avião eu vejo Porto Alegre" Mas por enquanto eu canto assim:
"Tô me guardando pra quando o carnaval chegar"

d-_-b - Nadica...

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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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