11.3.08

Sobre isso de distância...



Não estamos há muito tempo juntos...
Eu tenho a impressão - impressão não, certeza - que parece bem menos.
Deve ser porque nos vemos pouco né?
Não é fácil assim o ir e vir entre RJ X RS. Nem barato... Infelizmente!
E nesse meio tempo, ouvi perguntas do tipo: "como é que você aguenta".
A resposta é simples: eu não aguento!

Tem aqueles dias que a saudade aperta e o coração fica pequenininho.
E isso é bem fácil de acontecer, já que a maior parte desse coração ficou lá com ele.
Sempre tem aqueles dias que alguma coisa, por menor que seja, nos trazem uma lembrança, um momento, e a saudade fica mesmo insuportável.
Aqueles dias 'á flor da pele', sabem? Que qualquer beijo de novela faz chorar – ainda que eu não veja novelas! (é só o conceito, não o ato ao pé da letra).

Me perguntaram também se temos algum pacto de fidelidade. [WTF?]
E se 'sim', como vou saber se ele honra com esse compromisso.
Confesso que não entendi e que fiquei bastante irritada com o questionamento!
Pois então, como funciona isso? "O que os olhos não vêem o coração não sente"?
Ahhh sente... Ô se sente!

Todo relacionamento é complicado. Relacionamento á distância, então, nem se fala.
É difícil e exige um nível a mais de maturidade, é uma outra linha de pensamento, é um nível acima do usual, do metódico, do habitual...
Você precisa ser uma pessoa prática, centrada, porque a insegurança fica mesmo maior quando você está longe.
Mas não aquela insegurança de mulherzinha que gosta de complicar a vida do parceiro - não é disso que eu falo, porque se me desculpem a sinceridade, esse tipo de insegurança é briga de egos, pura vaidade.
Eu digo que, nenhum relacionamento está livre de riscos, perigos, falhas...
A parte da maturidade, entra em saber que quando duas pessoas assumem um compromisso, (qualquer um - seja afetivo, profissional ou o que for), o que consolida não é um aperto de mão, um beijo ou uma assinatura reconhecida em cartório e sim o caráter de cada um.
E ao falar de caráter, eu acho que já respondo a pergunta do amiguinho que questionou 'como vou saber se ele honra' o compromisso que temos.

Confiança não é comprada em mercado, não vem selada em abraços e não é construída com palavras. Palavras vêem e vão, o vento leva e são esquecidas. Confiança é estruturada no caráter da pessoa. E com confiança, nasce uma relação equilibrada.

Se eu sinto ciúmes? Obvio que eu sinto! E não tenho vergonha de admitir pra quem quer que seja. Nem pra ele.
Mas uma coisa é sentir ciúme e outra coisa é ter crise de infantilidade emocional.
Ciúme não deve escravizar ninguém: nem o ciumento nem o causador do ciúme.
Sabe? As pessoas são livres e não querem estar com ninguém por obrigação. Amor não é prisão!
Não fazemos joguinhos, não plantamos dúvidas infundadas, não ficamos nos testando.
Mulher tem mania de querer complicar as coisas, de se estressar com detalhes, de exigir perfeição, atenção - eu acho estupidez!
E acredito que respeito e sinceridade são o que mais importa.
Eu confio nele, confio em nós, confio no nosso amor e pronto.

Sempre fomos ótimos amigos. Sempre conversamos sobre tudo, temos afinidades, já nos conhecemos muito bem, antes de namorarmos. Com isso, algumas etapas chatas nós pulamos.
Eu sei do jeito dele e ele sabe do meu. Não é legal? =)
Continuamos amigos, antes de qualquer coisa.
Eu deixo ele participar da minha vida e ele me deixa participar da dele.
Me preocupo com ele, com as questões que o envolvem, com o que pensa, com o que sente, compartilho o que me acontece, presto atenção nos conselhos que me dá, gosto de ler tudo que ele escreve, admiro seu caráter, sua personalidade, respeito as diferenças, respeito a pessoa que ele é, rio das coincidências... Amo!

Certa vez, um fake deixou um recado no meu orkut dizendo: "quero só ver até onde vai esse relacionamento á distância".
Bom, a resposta também é simples: vai até onde acabar a distância.
Depois disso, deixa de ser 'á distancia'.
Porque sem dúvidas, é uma situação temporária.
Não sei o tempo que vai levar, mas é temporária! =)
O plano é fazer da distância um aprendizado, pra através dela ter certeza do que se quer, amadurecer o sentimento, aprender a sonhar mantendo o pé no chão pra correr atrás do objetivo, aprender a valorizar os bons momentos e entender como tudo é muito raro, muito urgente, muito precioso pra se perder por banalidades.

Sim, as pessoas perdem coisas valiosas por não reconhecerem o quanto são preciosas.
E o que é importante, na verdade, são coisas simples, pequenas.
Pode ser um telefonema, uma sms que te acorda de manhã pra dizer que ama ou que está com saudades, um e-mail carinhoso ou um recado secreto por depoimento no orkut, é sentar no sofá pra ver um dvd ou ler um livro de frases românticas, um telefonema rápido de orelhão (interurbano pra celular é bem rápido, sabem?) um beijinho enquanto o sinal não abre, calar a boca pra escutar um sorriso, ter que desembaraçar trezentos nós do cabelo, acordar sem fazer barulho pra ficar olhando o outro dormir...
E principalmente, viver o lado bom de tudo!

A saudade é ruim? É! Machuca? Muito! É difícil? Á beça!!!
Mas quer saber se eu trocaria por quemquerquefosse? Acho que sabem a resposta...

E são só três meses... É pouco tempo.
E pensando nisso, eu acho que faz ainda menos tempo.
Mas se for contar a maturidade desse namoro, de certo, parece muito mais!
Como vocês bem sabem, o tempo é relativo!





Por tudo que você é, pelo que não é e pelo que ainda vai ser: AMO!





Eu não ia deixar
passar em branco,
notem!

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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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