A minha cabeça está uma tormenta,
Mas não verbalizo.
Ou melhor, verbalizo mas não conto.
Se lhe contasse, talvez não compreendesses.
Talvez por isso escreva contos que ninguém entende...
Mas a cabeça é o que me pesa,
Pesa o tanto que pensa e de tanto pesar e pensar, dói condoimentos.
"Com-doi-mentos"
Traço mal traçadas palavras que não conduzem minha inquietação por caminhos mais amenos.
Continuo pisando nas mesmas pedras que não consigo tirar do meu caminho.
Essas palavras são tão repetitivas...
As palavras escondem-se de mim atrás de palavras que eu não sei dizer.
Ou que não entendo...
Eu pego o ônibus lotado, o metrô lotado, a cabeça lotada e a vida vazia...
Não estou lá, estou longe e nem sei onde.
Estou perdida entre os 'se's' que me assombram e se somam ao monte de pretéritos [imperfeitos?] que eu penso: falasse, agisse, soubesse, tivesse, mudasse...
Palavras tão obtusas...
A cabeça pesa o tanto que pensa, mas em silêncio,
Porque esse silêncio é tudo que essa solidão precisa!
Some nights typing "hug" just doesn't cut it!
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