15.5.08

Cara Amarrada



Pensando cá comigo, comecei uma discussão comigo mesma.
Como tantos me consideram tão esperta se eu não consigo responder as dúvidas mais estapafúrdias?
Ahh sim, eu tenho questionamentos irrespondíveis - se é que essa palavra existe.
Se não existe, a partir de agora está inventada. Irrespondível é tudo aquilo que não tem resposta.
Quando eu canso de discutir comigo, eu jogo minha conversa fora e conto os furos do meu papo furado.
Será que eu consigo entender, chuveiro que pinga de menos quando abrimos e pinga de mais quando fechamos?
Será que eu consigo aceitar, a menina que nem sabe andar direito calçando um salto 12 de acrílico? Que perigo!
Não, eu não acho que consiga compreender um peixe fora d'água com medo de mar.
Ou ainda, um peixe fora d'água nadando no Rio errado...
Os braços soltos sem outros braços pra abraçar.
Essas árvores cortadas, amputadas...
Esse ar que dá falta de ar...
Conversei com meus botões e eles também não me deram explicações.
Tanto sol lá fora e as janelas sempre fechadas?
Tanto riso solto pelos ares e você com essa cara amarrada?
Ahhh, você não é de nada! (êh-êh)


Ele não é de nada
Essa cara amarrada é só um jeito de viver na pior.

~Maria Rita

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Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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