Expresso pra Dois: O Menino do Dedo Verde

"Nunca conhecemos ninguém completamente."
Maurice Druon – O Menino do Dedo Verde

Essa semana entraram neste blog buscando por "resenha completa de o menino do dedo verde" - 3º referência do google. Eu coloquei uma janelinha aqui no menu ao lado, dizendo o que eu estou lendo e se possível, o link do e-book pra quem quiser ler também. Já faz uns dias que eu terminei de ler esse livro e ainda não tinha escrito nada sobre ele - por isso achei a pesquisa engraçada.
Então, já que insistem, vai a minha opinião do livro:

Pensamento número um depois de ler o livro: e se você pudesse mudar a realidade em que vive?
Já pensaram como seria bom se você pudesse pegar algo feio e sem vida e transformar em algo belo?
E se com a beleza dessa transformação, você pudesse tornar a vida de alguém mais digna, mais saudável, mais feliz?
Se você tivesse um dom especial como esse, usaria em benefício da felicidade alheia?
O Menino do dedo verde, se chama Tistu. Na verdade esse não é o nome que os pais dele lhe deram, mas sim o nome dele mesmo. Essa definição de nome, é a primeira "filosofação" do livro, que nos leva a pensar em idéias pré-estabelecidas, desde a escolha do nosso nome até o que os nossos pais esperam que sejamos.

"É preciso vigiar de perto esse menino; ele pensa demais"

Nos primeiros capítulos, fica claro que Tistu não era como todo mundo, não era como os amiguinhos e por isso, não foi aceito na escola. A partir desse fato, seus pais resolvem educá-lo a partir da vivência e do contato com as coisas e com o mundo ao seu redor.
Nessas aulas, Tistu descobre um dom especial capaz de espalhar alegria e beleza por onde passa. Tistu tem o dedo verde e onde quer que ele encoste, nascem flores! Com essa descoberta, Tistu descobre que um mundo mais bonito e florido é capaz de amenizar a miséria, levar alegria a hospitais, levar esperança a desesperançados e inclusive, acabar com guerras!
Mas ele também descobre um mal que flor nenhuma é capaz de curar.
Mas aí, vocês vão precisar ler o livro pra saber!

"A medicina não pode nada contra um coração muito triste. Aprendi que para sarar é preciso ter vontade de viver"

Na contracapa do meu livro, tem meu nome escrito com a letra da minha avó e o ano quem foi comprado: 1983, o ano que eu nasci.
Esse livro foi comprado, para que eu lesse quando aprendesse a ler e foi, de fato, o primeiro livro "de verdade" que eu li.
Há pouco tempo, vi uma notícia dizendo que em 2007 o livro completou 50 anos - e esse foi o despertador da minha vontade de re-ler essa história tão simples, cheia de poesia, humor, filosofia e uma certa mensagem mais adulta escondida entre as linhas da fábula infanto-juvenil.
Um livro muito bonito, sensível e gostoso de ler para todas as idades!
Super recomendo!