24.3.11

To Write Love on Her Arms




Eu postei lá no meu Tumblr, algumas fotos do movimento "To Write Love on Her Arms" e algumas pessoas gostaram da idéia e me perguntaram de onde tirei a idéia de procurar imagens com "AMOR/LOVE" escrito nos pulsos/braços das pessoas.

Bom, deixa eu explicar.
A idéia NÃO é minha! O "TWLOHA" (To Write Love On Her Arms - Para Escrever Amor Nos Braços Dela), é um movimento sem fins lucrativos contra a depressão, vícios, auto-mutilação e suicídio.


O To Write Love on Her Arms foi uma idéia de Jamie Tworkowski, fundador do movimento e organização.
Há muito tempo atrás, li uma entrevista que ele deu (e vocês vão me perdoar a falha, mas não faço a mínima idéia de onde li) contando sobre a criação "acidental" do movimento.
Ele nunca quis criar uma ong, nem martelar o mesmo bla bla bla auto-ajuda que é tão pedante e comum nas ongs. Pra começar o cara é surfista. Rs. Mas virou uma espécie de guru de adolescentes perturbados.
É sério! Ele diz que o assédio não é por ele (gente, ele é bonito á beça), mas pela mensagem que acabou passando.
Explicando melhor: Tudo começou uma menina que, numa tentativa de suicídio, fez vários cortes no pulso, escreveu "fuck up"  nos braços com o sangue.
Cinco dias após esse incidente nasceu a campanha To Write Love On Her Arms, que é uma campanha a favor do amor e da vida.
Gente famosa como Evanescence, Miley Cyrus, OnTheThirdDay, Panic! At the Disco, Paramore, Plain White T's e até Fresno (argh) já apareceram apoiando a campanha.



Eu, por minha vez, A-D-O-R-O a campanha TWLOHA.
(e super queria a camiseta, mas acho muito cara. mimimi)



Ficha:

To Write Love on Her Arms

Fundação: 2006
Fundador: Jamie Tworkowski
Sítio oficial: http://twloha.com
Twitter: @TWLOHA
Myspace: myspace.com/towriteloveonherarms
Vendas no Brasil: http://lojablessed.com
Flickr: http://www.flickr.com/photos/towritelove
                   

Fica a dica

21.3.11

Pontilhado em Negrito



A partir de hoje, sou Colunista do  Blog "Toca Móveis Aí", movimento dos "Cupins'" da Banda Móveis Coloniais de Acaju. (Quem não conhece, tá marcando touca)
Mas peraê...
Móveis, Cupins, blog?
Vou explicar um pouco essa história.

"Toca Móveis Ai" é um movimento que surgiu no twitter com o objetivo de divulgar a banda Móveis Coloniais de Acaju nas mídias. Cresceu. Está no Orkut, Facebook, Twitter, e como não poderia deixar de ser, virou blog.


E essa história de Cupins?
Essa é bem simples. O nome da banda é Móveis, né?
Um amigo, o Matheus Grimião, que nem conhecia Móveis, nunca tinha ouvido o som, mas nos ouvia falar muito da banda, disse, em um show do Teatro Mágico: “Quem gosta de Teatro Mágico é raruxo. E quem gosta de Móveis é CUPIM.”
Pronto.

Agora, e eu com isso?
Bom... Fui convidada pela Milla Rocha e topei o desafio!
Serei responsável pela coluna "Pontilhado em Negrito"
Trata-se de uma coluna de crônicas inspiradas nas letras das músicas da banda.
Ou seja: não precisa conhecer a música para ler a crônica
E também, é uma boa oportunidade de conhecer!

A primeira já está no ar: http://migre.me/45rLs



Conto com sua visita!


Beijos a todos
E apareçam lá (e aqui)
=D

18.3.11

O Moço do Blog


Existe um moço que tem um dom absurdo com as palavras. Sei que ele escreve em um texto, coisas que eu não conseguiria expressar, nem se escrevesse todas as madrugadas, nem se eu passasse a vida inteira em claro, só escrevendo. Ele sabe como dizer as coisas que eu gostaria. Ele não sabe, mas eu passo horas e horas lendo os textos dele. Eu queria escrever como ele.
Semana passada, estava o moço do blog a falar da vista que tem da janela de casa. Falou das árvores, falou que dava pra ver a pedreira ao longe, falou da igreja com as torres altas e anjos ao lado do sino, falou da linha férrea, da praça ao lado do prédio em que mora e dos brinquedos sempre cheios de crianças. De repente, me toquei que o moço do blog descrevia um lugar insuportavelmente conhecido. Que dèja-vú, o moço falava da minha própria cidade.
Não consegui dormir direito. Acordei aleatória, abstrata, desenho sem retas. O dia passou líquido, escorregadio, se esquivando das horas. O tempo estava fluido. Não consegui me concentrar no real. Pensava o tempo todo na descrição da praça, da linha férrea, nos anjos ao lado do sino. Andei pelas ruas em catatimia, feito um louco hipnotizado submetido às ordens de "siga em frente por este caminho" dados por outrem. Feito ferro, atraído por um onda de magnetismo, fui parar próximo à igreja, perto da linha férrea, com vista pra pedreira e em frente a uma praça que fica ao lado de um prédio. O prédio onde o moço do blog mora.
Fiquei sentada na praça fingindo que lia Caio Fernando, meu álibi. Olhava ora para o prédio, ora pras crianças se estapeando pela vez no balanço. Um pai chamava incessantemente pelo filho para ir embora. Uma jovem mamãe tomava um sorvete observando a filha. Uma senhora chegava com netos, balas e biscoitos. Crianças desciam pelo escorrego a todo segundo. Algumas brincavam na gangorra e outras tantas na areia. De certo faziam muito barulho, mas eu ouvia mais a voz dos meus pensamentos do que as vozes delas. "O que eu estou fazendo aqui?" - era o que ouvia. E a todo tempo, dava-me desculpas por ser assim, tão curiosa. Se é que foi a curiosidade que moveu-me, quase inconscientemente para o tal lugar que o moço do blog descrevera.
Enquanto tentava justificar, para mim mesma, os motivos que me levaram àquele lugar... Vi o moço do blog chegar em casa.
Pude observá-lo bem, pois andava devagar. Estava muito bem vestido e era bem mais jovem do que eu imaginava. Bonitos cabelos. Bonitas feições. Bonita casca cobrindo as idéias literárias que leio com tanto gosto. Não muito alto. Não muito baixo. Tem aquele ar cruel de quem sabe o que quer, de quem tem tudo planejado pra impressionar*. E faz efeito, porque ele se faz notar. Tenho certeza que a moça com o sorvete parou de olhar a filha pra olhar o moço passando.
Agora, sempre que eu estiver lendo os textos do blog, vou pensar no rosto do moço que os escreve.
O moço nunca publicou fotos em seu blog e nunca o vi no orkut. Nunca tinha visto o rosto do moço, no entanto, tive a certeza que era ele. O reconheci pelo jeito de andar. Pelos olhos atentos no mundo ao redor. Pelo tropeço na calçada por andar prestando atenção nas crianças na praça. Pelo sorriso ao me notar lendo um livro que provavelmente ele também goste. Fingi que não vi o moço do blog. Fingi não notar que ele me olhava. Fingi que não reconheci o moço dos textos que leio de madrugada. Mas não vou poder fingir por muito tempo. Decidi que vou levar meus livros pra passear na pracinha das crianças barulhentas de vez em quando.


Ps: Espero que o tal moço não leia esse blog. E se ler, que não me ache louca. E se achar, que reconheça que há sempre um tanto de lirismo na loucura. E se não reconhecer, que pelo menos também goste do Caio Fernando. Esse sim, me entenderia.




Ps: Pros desavisados: É só um conto tá?
(coro: aaaaahhhhh =/)
hahaha

*desconheço autoria da foto 

4.3.11

Tempo de mim



Você aí com essa sua boca fechada, sem dizer nada, com essa cara de quem quer falar apenas com o olhar. Você aí com seus planos infalíveis. Seus sonhos de ser o dono da rua. Da lua. De mim. Você aí com essa cara de criança que não ganhou doce. Essa pose de indignação quando me recuso a "obedecer" os seus desejos. E você aí, com essa careta de homem sério. Como se fosse me convencer nas suas palavras tão vazias de sentido. Respira fundo e revira os olhos. "Não tem jeito de discutir com você". Não, não tem mesmo e você sabe tão bem disso que não deveria mais tentar. Baby, você precisa mesmo ler na minha camisa pra saber? E quer saber mais? Eu posso fazer exatamente o que você deseja, sem que você precise pedir. Basta não mandar. E eu vejo você aí, parado de braços cruzados... Tão bonito. Tenho vontade de chegar e te obrigar a abrir os braços. Fechar em mim. Você com esse pescoço perto da minha boca. Você aqui, perto demais para me ouvir sussurrar. Você aí com essa boca fechada, prendendo o sorriso que vou te obrigar a soltar depois que eu não deixar você dizer mais nada. Percebeu como você não precisa me olhar sempre de tão longe?
Aprende, moço... Aprende que ainda é tempo de mim.


*desconheço autoria da foto

Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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