31.5.08

Na Vitrola

Pega um LP, liga a vitrola e senta aqui...

Se espalha pelo sofá que hoje eu cheguei com um monte de coisas pra te falar. Eu sei que você não vai deixar faltar tua casa, mas comprei mais café, uns pãezinhos e olha as flores que eu trouxe, olha como ficam bonitas alí no móvel perto da janela! Alí elas pegam um pouquinho de sol e vento. Mas não é isso que eu quero te falar, não. Eu cheguei pensando naquela música que fala de sorriso, saudade... Sabe qual é, né? Pensando nessa música, eu percebi que eu não tenho pra onde ir. Nenhum outro caminho fará sentido se não tiver os teus pés caminhando ao lado dos meus. E não, não dá pra encarar o gosto da minha comida tendo provado do teu tempero. Não existem manhãs felizes acordando sem teu sorriso e não existe silêncio mais ensurdecedor do que a ausência da tua voz. Esse aperto no peito de olhar pros lados e não te encontrar... Sei que você se assusta quando eu saio falando assim, sem freios, atropelando as palavras, as idéias, misturando tudo. Não sei se você entende esses meus transes, mas eu sempre fico com a sensação que você perde algum detalhe. Por isso eu falo algumas coisas novamente e depois de novo e depois mais uma vez. Agora não estou mais pensando naquela música. Estou pensando em todas aquelas músicas. E eu entendi, que todas aquelas coisas de luzes piscando, cores, palhaços, acrobatas, bailarinas e malabaristas... tudo fica um tanto sem graça sem o teu sorriso. A música alegre, soa triste. A música triste então, nem sei explicar... E por falar em não saber explicar, me diz qual é o sentido disso tudo? Explica essa lacuna onde eu perco os dias que não te vejo. Como um redemoinho sugando meu tempo, espalhando por aí os pensamentos que depois não consigo mais reunir. Sei que você não tem como explicar, eu também não tenho, mas bem que queria saber porque repetimos quarenta e duas vezes no mesmo dia o que não queremos mais fazer e continuamos fazendo. E por falar em fazer, eu vou fazer uns sanduíches pra nós dois, com café pra mim e chocolate quente pra você! Depois eu vou te contar que... que...

Ei, onde você vai?
Ahhh, virar o lado B do LP, ne?


Ahhh sim, em relação ao post anterior, eu continuo achando que este blog não é uma vitrine, foi só um desabafo! Obrigado pelos recados, e-mails e telefonemas. Com o tempo a gente se sente menos pior! "Cria a dor, cria e atura" - já diz a música do Anitelli.

28.5.08

Sétimo Dia

Guardo um retrato teu
E a saudade mais bonita...


Há anos trabalho no ramo de Construção Civil e sei que não precisa ser nenhum técnico ou engenheiro pra saber que toda construção, por menor que seja, precisa de um bom alicerce!
Um alicerce mal planejado e mal executado pode pôr a baixo qualquer estrutura, por mais forte que pareça.
No entanto, em alguns casos, a construção de uma estrutura pode ruir e o alicerce continuar intacto.

Algumas pessoas, eu diria a maioria, tem seus alicerces fundamentados na família e a partir disso, moldam suas estruturas.

Os meu alicerces são assim e embora as minhas estruturas pareçam fortes o bastante para não me deixar desmoronar, ás vezes elas falham e eu me vejo a ponto de ter que reconstruir ou reformar alguma parte em mim.

A primeira reforma que precisei fazer, não fui eu quem fez, porque naquele tempo nem sabia que ia precisar de um reforço na minha estrutura.
Um dos meus futuros pilares de sustentação havia desmoronado e eu não sabia - foi a morte do meu pai quando eu tinha apenas um ano.
Aí foi aquele corre-corre na família, compra um material daqui, coloca um cimento ali, algumas pessoas se desdobrando pra reconstruir (sem a mesma eficiência que teria o pilar original, claro) com muito amor e muita disposição, se revezando pra suprir essa falta, essa ausência que me acompanharia pro resto da vida...
Assim eu fui construindo minhas estruturas apoiadas nesses pilares que sempre supriram a deficiência do outro.
É, eu sou um caso a ser estudado por construtores.

O fato é que um dos meus pilares acabou de ruir e agora toda a estrutura parece estar comprometida.
E não dá pra reformar...
Boa parte da estrutura ameaçada por uma dor que eu não esperava sentir, por causa de alguém que eu não estava preparada para ver partir.
Na verdade, a gente nunca espera que esse tipo de coisa aconteça...
Há pouco tempo atrás eu comentei no blog de nãolembroquem, que eu não saberia lidar com a morte de alguém próximo!
E de fato, não sei! Não estou sabendo! Nem sei se quero saber...
Meu Tio Humberto é uma pessoa muito amada, que tem e sempre vai ter uma grande importância na minha vida!


Com ele eu aprendi, bem pequena, a questionar!
Ele que me ensinou a não aceitar e a não dizer um "porque sim" ou "porque não" como resposta, porque tudo tem um motivo e ele me achava inteligente demais pra ficar sem resposta! Depois me xingava dizendo que eu "tenho resposta pra tudo".
Mérito dele, vai saber...
Ele lia tudo que eu escrevo desde o blog antigo e uma vez me mandou um e-mail todo orgulhoso dos meus feitos, que pra ele eram grandes, embora eu nunca tenha visto valor nenhum nas coisas que eu faço.
E isso era uma coisa que ele brigava comigo. Que eu deveria fazer alguma coisa decente com o material que tenho, que eu deveria ver um jeito de ganhar dinheiro com isso, escrever um livro (e ele seria o primeiro a comprar) ou sei lá o que...
Ele enchia a minha caixa de e-mail com todo tipo de arquivo, vídeo, mensagem e bobagem e agora eu abro o meu e-mail sabendo que nunca mais vou receber nenhum pps qualquer.
Nem mesmo aqueles impróprios que eu deletaria depois de responder algo como "Tio, você não tem vergonha de mandar essas coisas pra mim não?" (ele sempre respondia que não).
Ele atendia o telefone em alto e bom som: "Faaaala FDP", chamava o filho de "pai", a ex-esposa (minha tia) de "gorda", a esposa de "carrapato", me xingava do que viesse á mente, me chamava de "tapada" quando eu não entendia algo que ele dizia e me contava as maiores barbaridades e pornografias.
Mas era doce!
Um coração enorme que cabia o mundo inteiro.
Sempre preocupado em cuidar de quem podia cuidar, sempre disposto a dar aquela ajuda, a levar parente doente de lá pra cá em médicos e hospitais, a trazer aquele tijolo que faltava na construção, a mandar uma mão de massa pro rejunte dos cacos, a me ensinar como ligar mais barato pra interurbano...
E ai de quem não pedisse a ajuda dele - ele ficava bravo: "porra, porque não ligou pra mim?";
E vem aquela verdade dolorida: eu nunca mais vou vê-lo chegando aqui em casa, buzinando aquele bugre vermelho ou contando piadas toscas, fazendo todo mundo rir.
Sim, porque, onde quer que ele estivesse, sempre estava fazendo as pessoas rirem...


Desde que eu recebi a notícia, não consegui parar de chorar e nem pensar nele uma vez sequer sem encher os olhos d'água.
E eu pensava a todo o momento que de todas as piadas dele, essa não teve graça nenhuma!
Eu queria dar um soco bem dado na cara de quem fica remoendo histórias, contando lembranças ou deixando scraps póstumos no orkut do meu Tio!
Sério, eu queria mesmo ir de profile em profile xingar cada uma dessas pessoas!
Mas o que eu tenho não é raiva delas, é saudade dele!
É aquele sentimento de incredulidade...
Tudo parece meio suspenso no ar: dias, horas, obrigações, rotina... Nada parece real!
E foi ontem que a minha mãe me disse algo sobre a "missa de sétimo dia" amanhã.
Eu só consegui responder que não quero ir, eu ainda não acredito que ele não está mais aqui.
De alguma forma, essa frase foi como um farol alto vindo na contra-mão em um túnel escuro.
Me cegou por um instante, me deixou confusa, mas acendeu aquela verdade inquestionável que me fez encarar toda essa dor e entender que eu precisava externar tudo isso.
E sim, estou usando vocês pra isso, porque até agora só tive coragem de contar pro namorado e pro melhor amigo.
Quebrando esse silêncio, não estou buscando aqui nenhuma palavra de consolo, porque elas não existem.
Não quero que venham me dizer que "ele está bem onde estiver", "ele tá melhor que a gente" ou coisas desse tipo, porque bem ele estava aqui, com a gente!
Não estou buscando apoio, coragem, conselho e nem compaixão.
Talvez eu esteja apenas explicando que eu preciso de um tempo, que eu vou sumir, que vou ficar off line...
Eu gostaria de saber como devo agir, mas no momento não vou nem tentar!

Eu gostaria de poder dizer algo de bom sobre o show do Teatro Mágico que eu fui na sexta feira passada... E eu acho que até diria algo sobre o show, mas eu já falei tanto sobre esse assunto, que nesse momento, não encontro nenhuma palavra que possa acrescentar algo de bom. Me reservo ao direito de dizer apenas que foi bom, foi mágico, que faltou alguém do meu lado e que eu já estive em melhores.

Mas por agora, só consigo pensar no meu Tio querido...

E eu queria poder pensar nele sem chorar e sem sentir toda essa tristeza.
Ele mesmo se pudesse, me daria um tapa dizendo pra "parar com a palhaçada", afinal, ele não passou a vida inteira me fazendo rir pra me ver chorando desse jeito.
E eu até acredito que um dia vou conseguir!
Mas por enquanto, não tá dando!




Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
~Martha Medeiros



18.5.08

Nunca Subestime uma Mulherzinha

"Eu estava lendo esse livro numa lanchonete. Enquanto esperava o sanduíche, um moço na mesa ao lado esticou o olho e provavelmente leu em letras enormes: “Você entende de homens?”, numa das páginas que eu lia. Ele me jogou de volta um sorrisinho... Aí me deu vontade de mostrar a capa e apontar o nome da Clarice. Acabei não fazendo isso. Sorri amarelo de volta. Mas, de alguma forma, não me senti uma mulherzinha comum. Sabe por quê? Porque alguém como Clarice Lispector também era uma mulherzinha. E das boas!"
~Fernanda Takai




Foi indo pra Porto Alegre. Meu medo de me atrasar e perder o vôo foi tão grande, que acabei chegando cedo demais no aeroporto.
Vôo confirmado, check-in feito, mala despachada e algumas preocupações a menos.
Tempo suficiente pra tomar um Capuccino com pão de queijo e torcer pro tempo passar logo.
Só que, como o tempo de quem espera nunca passa rápido, fiquei passeando pelas lojas do Galeão! Como o de costume, eu não posso ver uma livraria sem entrar, investigar as prateleiras, garimpar preços...

Pois então, já que estou me alongando demais na descrição inicial, estava olhando os livros de autores nacionais sem nenhuma intenção de comprar qualquer um que fosse (pára de rir, é sério, eu juro!) quando vi o título "Nunca subestime uma mulherzinha".
Na hora pensei: "o que esse livro de auto-ajuda está fazendo aqui?" e peguei pra ver.
Caí do salto (e olha que eu estava de all*star) quando vi o nome da autora: Fernanda Takai.
"Ué, mas ela não é cantora?" - e escritora também, acabei por descobrir que ela também é colunista do Correio Braziliense e O Estado de Minas!

Dei uma lida rápida, assim por alto, em algumas páginas e não resisti!
Comprei!
Quando cheguei em Porto Alegre, já estava em mais da metade do livro - ótimo, me desconcentrei do tempo de espera e a viagem passou mais depressa!
Eficientes essas crônicas da Fê.
(engraçado, a gente vai lendo Fernanda Takai e já se sente íntimo)

Traçando um paralelo, sempre gostei muito do trabalho do Pato Fu.
Quando conheci, não conseguia comparar com nada que eu já tivesse ouvido.
Porque as músicas tem aquele tom de inocência, aqueles ritmos incomuns, arranjos diferentes e ousados, passa uma leveza, a voz dela passa uma calma...

Tem pouco tempo que eu ouvi o cd solo da Fernanda Takai, chamado "Onde brilham os olhos seus", que são regravações de músicas de Nara Leão, mas não tem nada de bossa nova.
Achei tão lindo, recomendei a todo mundo que eu conheço e sei que gosta do Pato Fu. Destaco a gravação de "Diz que fui por aí" e "Embaixo dos caracóis" - simplesmente o máximo!

E agora, não muito diferente, estou encantada com o livro, pela simplicidade que a autora cria seus contos, crônicas, inventa cenários e leva o leitor pra mais perto do que ela quer dizer.
Intimista, sim, por isso a gente acaba se sentindo meio íntimo da autora!
Eu sempre me encanto com quem consegue falar de coisas simples e de maneira simples.
E esteja falando de futilidades, percalços do dia-a-dia, confusões, lembranças ou cotidianidades, Fernanda consegue com maestria!
O livro parece que dá uma quebrada na camada acinzentada que vivemos e coloca um pouco de colorido no dia.
E mais, por ser um livro de crônicas/contos rápidas/rápidos, é bem fácil de ler, até mesmo por quem não gosta muito de ler ou vive com pressa indo de um lado pra outro.

Recomendo para homens, mulheres e mulherzinhas!


Um última observação que eu faço, (e essa é ligada diretamente aos fãs do Pato Fu) é que durante a leitura do livro, para quem está acostumado a ouvir as músicas da Fernanda, quase é possível ler as crônicas ouvindo a voz suave dela lendo pra você!
No fim das contas, na última página, dá aquele gostinho de "quero mais".


Fê, quando sai o próximo?




15.5.08

Cara Amarrada



Pensando cá comigo, comecei uma discussão comigo mesma.
Como tantos me consideram tão esperta se eu não consigo responder as dúvidas mais estapafúrdias?
Ahh sim, eu tenho questionamentos irrespondíveis - se é que essa palavra existe.
Se não existe, a partir de agora está inventada. Irrespondível é tudo aquilo que não tem resposta.
Quando eu canso de discutir comigo, eu jogo minha conversa fora e conto os furos do meu papo furado.
Será que eu consigo entender, chuveiro que pinga de menos quando abrimos e pinga de mais quando fechamos?
Será que eu consigo aceitar, a menina que nem sabe andar direito calçando um salto 12 de acrílico? Que perigo!
Não, eu não acho que consiga compreender um peixe fora d'água com medo de mar.
Ou ainda, um peixe fora d'água nadando no Rio errado...
Os braços soltos sem outros braços pra abraçar.
Essas árvores cortadas, amputadas...
Esse ar que dá falta de ar...
Conversei com meus botões e eles também não me deram explicações.
Tanto sol lá fora e as janelas sempre fechadas?
Tanto riso solto pelos ares e você com essa cara amarrada?
Ahhh, você não é de nada! (êh-êh)


Ele não é de nada
Essa cara amarrada é só um jeito de viver na pior.

~Maria Rita

13.5.08

Drogas

Drogas. Quem não gosta? Eu me amarro. Neste exato minuto, agora, agorinha, eu tô me enchendo de café. Depois do almoço vem aquela moleza, aquela vontade de não ter vontade nenhuma, de dormir, de se sentar à sombra da primeira árvore que aparecer, deixar a aba do boné sobre o rosto ou encobrir o rosto todo com o gorro e dormir. Falando em dormir, uma observação é necessária: há uma diferença entre "ir dormir" e "adormecer". É melhor adormecer do que dormir. Ir dormir soa muito ativo, muito trabalho, sabe? Já adormecer é diferente. Adormecer é deixar-se ir, é sucumbir à força implacável do cruel estômago cheio e pesado, que tortura você com uma contínua, silenciosa e bovina vontade de cair no chão, à sombra do pé-de-árvore, e padecer de um sono com cara de pseudo-coma pós-feijoada. Isso é adormecer. E isso, sim, é que é bom. Adormecer não é perceber que está quase dormindo, é acordar e pensar "caraca, dormi como uma pedra". Quem adormece não sente que caiu no sono, quem adormece percebe, quando acorda, que se entregou a uma força irresistível e incontrolável, uma coisa grande e sadia chamada sono, o verdadeiro sono, aquele sono que recarrega, revitaliza, restaura, revigora. Mas voltemos a falar de drogas. Quando dormir não é possível, eis que a solução são as drogas. Na verdade, uma só droga resolve. cafeína. Aquele momento pré-adormecimento, aquele momento em que a gente se sente um ruminante, que nosso corpo está assim, lento e pesado, mas nos é vedado o prazer de deixar o corpo comandar tudo e se entregar de vez aos desejos dessas pálpebras pesadas que teimam em tapar nossa visão, enfim, neste momento é que a cafeína entra em cena e todo o ritual de encher a xícara, jogar açúcar, pegar a colherzinha e mexer circularmente, ouvindo a música que cada batidinha da colher no interior xícara faz, acompanhada por aquele cheiro de inebriante do café, que vem dançando com a fumaça em coreografias improvisadas, enfim, todo o ritual de preparação dá início a uma nova onda, bem diferente daquela que sentimos antes, a do sono. Agora as coisas mudam. Agora o café esquenta os lábios, a língua e todo o interior da boca, queima só um pouquinho a garganta e aquece o corpo todo, começando, assim, a afastar aquela moleza pós-almoço. Depois é a vez da cabeça! De repente, aquela sensação de leveza mental que acompanha e compensa a sensação de corpo pesado é substituída por uma firmeza da mente que se manifesta na própria maneira de olhar o mundo em volta: se antes as pálpebras insistem em deitar e cobrir nossa visão, agora elas se mantêm firmes, rijas, acompanhadas pelas sobrancelhas, que se encostam um pouco mais uma da outra, compondo o cenho do qual o olhar alerta é a maior expressão. O corpo se sente preparado para correr a qualquer minuto e os pulmões inflam.



Um texto fantástico e um pouco antigo do meu amigo Guilherme Montana, que eu reli esses dias pelo feed, roubei sem autorização e postei aqui no blog como se fosse uma intervenção dele mesmo, porque o texto tem tudo a ver comigo e com esse blog!


Ahhh, Gui. Feliz niver atrasado =o)



Apropriações sem autorização:
-Cuidado, você pode ser o próximo!

11.5.08

Teste

Um post aleatório... Posso fazer um pequeno teste com vocês?
Bom, se não puder também, azar de vocês, porque o post já está feito!


•Vocês sabem quem é essa moça bonita?


O nome dela é "Soleil Moon Frye".
E você com isso?
Bom, você não tem nada a ver com isso mesmo, a não ser que tenha a mesma faixa etária que a minha [ou mais]
E se eu disser que essa moça era uma coisinha muito fofa, a 'menina que ilumina toda vez que a gente vê'? Que tinha uma carinha que derrete, um coração de ferro e um jeitinho que amolece qualquer grito ou berro?

Ainda não sacaram?

Bom, hoje eu estava zapeando pelo youtube e encontrei esse vídeo que me fez morrer de saudades dela. E mais esse vídeo dela com o Andy Gibb cantando "I can´t help it", que eu não me lembrava de ter visto, mas achei muito lindo! Saudade... coisamaisfofameudeusdocéu
Normal né? Faz muito tempo!!!
Essa moça da foto, quando era criança, fazia parte dos meus dias

Vocês realmente não sacaram ainda?

Bom...
Então clica nessa foto AQUI e descubra quem é a moça bonita da foto e depois me conta!



9.5.08

E aí Carol, como foi a viagem?

"Eu sempre quis voltar, eu sempre quis você, um dia eu quis tudo
Tudo estava aqui, por aí, em Porto Alegre por acaso..." ~Engenheiros do Hawaii


Da janela do avião eu vejo Porto Alegre...

-E aí, como foi?
-Fez boa viagem?
-Tava muito frio?
-Conta tudo amigaaaam!
-Aproveitou bastante?

Cheguei de Porto Alegre segunda e já ouvi tantas vezes essas frases, que eu acho que vou ter um infarto se me perguntarem de novo!
Então, como eu sou egoísta, vou me conter em dizer que foi simplesmente perfeito e raro em cada segundo!

Algumas considerações:

• Meus casacos REALMENTE não são suficientes pro frio de Porto Alegre.

• As botas mais bonitas são vendidas lá. E muitos casacos "tri" lindos também.

• O sotaque das gaúchAs soa engraçado, mas dos gaúchOs soa muito lindo [sempre].

• Rever parentes, conhecer a prima mais nova, a esposa do primo que só conhecia por orkut e reencontrar o primo que não via desde os oito anos.

• É engraçado ouvir reclamações sobre o trânsito e demais motoristas, lembrar rindo de como é o trânsito no RJ e pensar: "tadinho, não viu o que é um trânsito ruim de verdade" [e ainda assim, ser anos luz "menos pior" que o de SP]
• No frio, o Café parece ainda mais gostoso e chocolate quente é o que há de bom. =)

♥ Coisas boas de ver, fazer e ouvir:
Painel do aeroporto com o número do vôo pra Porto Alegre escrito "confirmado". Passear com o carrinho do Aeroporto fazendo cara de oi-eu-vou-viajar-você-não?. Fingir que está tranqüilo e folhear livros das lojas. Comprar livro pra ler enquanto espera o horário de embarque e durante o vôo. Mandar sms pra pessoa que está te esperando lá e dizer: "tudo certo, tô indo". Ouvir: "Vôo com destino a Porto Alegre, sejam bem vindos". Reparar a cara de "medo de avião" das pessoas. Reparar raios de sol passando entre as nuvens. Ouvir "dentro de instantes estaremos pousando no Salgado Filho". Morrer de ansiedade no pânico dos últimos minutos. Ouvir, finalmente "sejam bem vindos a Porto Alegre". Avistar o sorriso que te espera, esquecer do tempo em um abraço e ouvir "que saudade"...

▼ Coisas ruins de ver, fazer e ouvir:
Refazer as malas. Painel do aeroporto com o número do vôo pro Rio de
Janeiro escrito "confirmado". Passear com o carrinho do Aeroporto fazendo cara de oi-eu-não-queria-voltar-e-você?. Despedida. Fingir que está tranquilo e se acabar de chorar. Ouvir "Vôo com destino ao Rio de Janeiro, sejam bem vindos" e pensar: "mas o que eu estou fazendo aqui? Eu queria ficar lá!". O tempo que nunca passa dentro do avião de volta. Não conseguir se concentrar em nenhuma linha do livro e nem notar que a aeromoça está te oferecendo lanche de bordo. Ouvir "dentro de instantes estaremos pousando no Galeão". Olhar a cidade vista de cima e pensar que ela parece mais bonita quando estamos partindo e não chegando. Ouvir, novamente "sejam bem vindos ao Rio de Janeiro".

• Aeroportos são coisas engraçadas: ou você vai pra lá extremamente feliz ou extremamente triste. Não tem meio termo...

• Planejar a próxima viagem!!!


•••Agora é a saudade...
E aquela certeza boa que quanto mais o tempo passa tenho mais certezas das certezas eu tenho!
=)



"Longe, longe, longe, aqui do lado.
Paradoxo: nada nos separa
Eu paro e fico aqui parado.
Olho-me para longe...
A distância não
se-pa-ra-bó-li-ca."

~Engenheiros do Hawaii


Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
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