31.8.08

Do Enxergar


Não é que não seja exato, mas também não deixa de ser impreciso...
Será que quando o dia escurece a gente também anoitece?
Todas as noites eu repito as mesmas histórias, ainda que a ironia brilhe nos seus olhos.
Não, você não é irônica... Seus olhos é que são!
É como se você prestasse atenção em tudo quanto digo,
Mas seus olhos me revelassem que você jamais absorveria a verdade das minhas palavras.
A canção que canto, te embala, mas não te alcança.
E você finge perceber que eu me esforço para que entendas o que você não é capaz de compreender.
Eu recomeço as histórias do zero, te explico a relatividade dos sonhos, a motivação que move a vida, os passos, os dias... E tudo o quanto fazes é sorrir.
E de repente, por um sorriso, nada mais importa porque ele basta!
O mundo continua no mesmo lugar, mas por um instante, é como se não estivéssemos nele.
E tantos questionamentos que tínhamos, as dúvidas que nos desafiavam e a inquietude que nos dominava, nesses momentos também desapareciam.
Só o que restava, é aquela paz inabalável, intransponível...
Como sabemos se ao fecharmos os olhos, o restante do mundo inteiro adormece?
Como sabermos que não seremos surpreendidos ou apunhalados ao virar as costas?
Toda verdade requer mais riscos do que a ignorância da sua essência.
Às vezes a vida dói e a imperfeição da nossa dualidade desfia os sonhos que guardamos no travesseiro.
Insones, buscávamos por alguma verdade.
Estivesse ela no pôr do sol rasgando a escuridão do quarto ou no cheiro de café fresco pela manhã...
Buscávamos em vão por alguma verdade, que apesar de relativa, sempre esteve dentro de nós e é por olhar tanto pra fora, que nunca a conseguimos enxergar!



*Eu realmente deveria estar dormindo...

28.8.08

Da novidade

O lance é que eu estava aqui pensando em uma idéia para o post de hoje e antes que eu concluísse o pensamento, ela, a idéia, saiu voando e eu não consegui pegá-la de volta. Mas que safada, que arisca, que desconfiada essa tal de idéia. Nem consegui pensar direito e ela já saiu correndo... Fiquei inconformada! Idéias são assim: você avista de longe e quando se aproxima, senão agir rápido, elas saem voando e você fica olhando pro horizonte com aquela cara de vaca atolada. "Cara de vaca atolada", não por acaso, é uma expressão que eu encontrei no Dicionário de Porto-Alegrês que ganhei de presente do namorado gaúcho. E, aliás, eu pedi pro namorado me dar alguma idéia do que escrever nesse post, mas ele disse que quando a gente está sem idéias, não adianta ficar forçando que não sai nada que preste. É o caso desse post. Pois é, esse é um post que não presta e se eu não tivesse um bom motivo para escrevê-lo, bom, eu não escreveria. O fato, é que eu queria contar uma novidade para vocês, mas pra isso eu precisava de um post novo e não podia ser um dos maisdenãoseiquantos rascunhos que eu tenho salvos no blog ou no computador. Mesmo porque, uma "novidade nova" pede um "post novo".
Então aqui está, um post novo só pra mostrar pra vocês meu layout novo!



*Por favor, me interna!
**Ei, é sério!

26.8.08

Das fotografias


...e o que vai ficar na fotografia, são os laços invisíveis que havia...

Eu tenho mania de fotografias e essa mania está abarrotando o meu hd. São centenas e centenas de fotos. Que eu tiro, que amigos me enviam e que eu salvo. Pra cada viagem são gigas e gigas ocupados e eu estou completamente sem espaço.
E são milhares de fotos dele, com ele, que me lembram ele e despertam o lado mais masoquista que existe em mim: o de alimentar a saudade. E dizem que eu me torturo por ficar massageando a saudade que eu sinto olhando essas fotos, mas pra que uma pessoa tira fotografias se não pretende olhá-las de vez em quando? Ou de vez em sempre?
Eu tento evitar, porque ao olhar as tais fotografias eu lembro do exato momento que elas foram tiradas. Lembrando desses momentos, eu me dou conta de quanto tempo faz. E me dando conta do tempo que faz, sinto a saudade doer mais forte. E sentindo isso eu fico triste. Mas mesmo assim, eu abro as tais fotografias e olho uma por uma. Detenho-me em algumas por um tanto mais de tempo e com os sentimentos borbulhando como água que já está fervendo, eu fecho tudo e desligo o computador. Mas as tais fotografias, assim como todas as imagens que eu tenho dele, continuam na minha cabeça. São os olhos, o sorriso, aquela expressão feliz, a posição do cabelo e o tom da pele. E coisas que as fotos não conseguem captar, como o tom da voz, o som da risada, o vento no cabelo que precisa sempre ser afastado do rosto, a dificuldade de ficar imóvel no eterno e incontável tempo que o obturador demora pra concluir a foto.
Eu lembro de tudo isso e não preciso olhar as fotografias pra isso.
Mas as fotografias estão lá. Milhares delas. Milhares de fotos inesquecíveis que a todo o momento me fazem lembrar quanto tempo, quantas horas, quantos quilômetros...
E me dizem que eu alimento a saudade por encarar essas fotografias e reavivo as lembranças agindo assim.
Mas mesmo que eu não tivesse essas fotografias, ainda teria as lembranças e essas nunca saem de mim.
A saudade é só um parasita que se alimenta da tua ausência, não culpe as fotografias se eu te pareço mais triste.
No final, é só saudade mesmo...


22.8.08

Meu santo tá 7 vezes cansado



O Rappa lançou cd novo, né? Bem, nem tão novo assim!
Confesso que eu gosto muito d'O Rappa e já fui em vários e vários shows.
A Banda sempre ficou marcada pelas letras marcantes, críticas, politizadas... Cito como exemplos: "Miséria S.A", "Minha Alma (a paz que eu não quero)", "A Feira", "O Que sobrou do céu", "Se Não Avisar O Bicho Pega (Vai ter pipa, foguete e morteiro)", "Tribunal de rua"...
Isso sem contar "Pescador de Ilusões" e "Tumulto" - o momento mais tumultuado dos shows.

Show d'O Rappa, pra mim, sempre serviu pra lavar a alma - aquela alma armada e apontada para a cara do sossego.
Eu não lembro exatamente o dia, mas eu fui com uns amigos em um dos shows de divulgação de "O Silêncio que prece o esporro", Cd d'O Rappa, lançado em meados de 2003.
De lá pra cá, foi um jejum de músicas inéditas.
Hoje eu baixei da internet o cd novo: "7 Vezes" e de cara já não gostei do título.
Sempre admirei O Rappa pela criatividade, acho que poderiam ter bolado um nome melhor e sinceramente, não sei se esse nome tem algum significado especial ou não, mas não gostei do mesmo jeito.
Mas vamos aos fatos:
Foram cinco anos sem músicas inéditas, porque depois de “O Silêncio que precede o esporro" bom título, por sinal veio o "Acústico MTV" com os maiores sucessos da banda. E agora chega o cd de inéditas "7 Vezes".

Boooom, inéditas marromenos, porque a sensação que eu tenho é parecida com aquelas de tema de redação de escola: o mesmo assunto dito várias vezes, de várias formas, sob vários pontos de vista - mas o tema é sempre o mesmo.

O Rappa se repetiu. Mesmo incrementando as músicas e investindo em "instrumentos inusitados" (como disseram no site oficial) e experimentando nos arranjos, as músicas novas não estão à altura da expectativa que criaram em torno da banda de Falcão.

E é com tristeza que eu constato isso, porque eu sei que eles poderiam fazer bem melhor que foi feito! Não encontrei "grandes novidades" e nem "grandes evoluções" quando ouvi e confesso que fiquei um tanto frustrada com o resultado de tanta expectativa.
De cara, o primeiro single "Monstro Invisível" não me atraiu e me lembra o tom de trabalhos anteriores. Sem contar que, por ser a carro-chefe, não deixo de comparar com "Reza Vela" que foi carro-chefe de "O Silencio [...]" ou será que foi Rodo Cotidiano? Não lembro.
Claro, são duas músicas diferentes, mas que pra mim, tem o mesmo tom.

A Banda segue com a crítica social - que eu sempre gostei - e o tom de "poesia do gueto", mas parece que perdeu a força.
"Meu santo tá cansado", que abre o CD, é uma música bem cansativa (tu-dum-psh!). "Fininho da vida" tem uma idéa interessante, mas a melodia é fraquinha (Os verdadeiros heróis são os guerreiros da lida / Por entre as trincheiras-barracos / Passam num sopro da vida). Já "Hóstia" eu gostei: (Meu escudo é minha hóstia / Sentia proteção infantil / Mas permanecia assustado).

No somatório geral, o CD é bom, mas não a ponto de ser um CD digno do nome da banda.
Mas "Valeu a pena, Sou pescador de ilusões".
Pra quem quiser tirar a dúvida, "Monstro Invisível" está no Youtube:

Clique para assistir

Mas também é possível ouvir nesse link ou baixar o cd inteito nesse outro.


Bom... como pseudo-fã, eu esperava mais d'O Rappa.
O Rappa de 'minha alma", talvez...



Agora vou esperar pedradas dos fãs mais fãs.
Aqueles que dizem amém pra tudo que o artista faz...
*-* medo

17.8.08

O que o Chico sussurra...


Eu me virei pro lado fingindo que o dia não tinha amanhecido.
Abri os olhos devagar pensando em tudo que viria a seguir e virei pro lado pra olhar no rosto dele enquanto dormia.
É certa aquela frase do Anitelli: "quando acordo primeiro é só pra te ver dormir".
Fiquei decorando os traços do rosto dele com medo não mais o ver.
Embrulhei-me um pouco mais nos lençóis e senti meu corpo pulsando onde o braço dele estava apoiado.
Escondi-me em um abraço e meu coração disparou, mas foi de uma tristeza antecipada.
Respirei fundo, querendo "salvar" o cheiro do travesseiro na minha memória, nas minhas têmporas...
Adormeci novamente e morri cem vezes ao acordar pela segunda vez.

Eu fingi que não ouvi quando o despertador tocou.
Fingi que o dia não tinha amanhecido.
Fingi que era tudo um equívoco do tempo, que ainda era cinco dias atrás.
Fingi que ainda estava dormindo quando ele acordou e ficou me olhando.
Então deixei que ele "me acordasse", para que também pudesse "me decorar" enquanto eu "dormia".
A verdade, é que eu queria mesmo continuar dormindo...
Mas chega uma hora, que você tem que acordar e mesmo que queira ficar, tem que fazer o caminho de volta.

Eu escrevi um bilhete, fiz um lanche, sequei os cabelos...
Tomei um banho demorado ignorando o frio que estava sentindo.
(Frio maior sentia dentro do peito)
Escrevi um cabelo, fiz bilhete, sequei um lanche...
Com um gole de coragem com gosto de café, encarei as fotos penduradas na geladeira, juntei minhas roupas espalhadas pela cama, fechei a mala, me olhei no espelho do corredor e me pedi para não chorar - embora já estivesse chorando.
Escrevi um lanche, fiz um cabelo, sequei um bilhete...
Saí esquecendo alguma coisa e eu bem sabia o que.

Fui olhando tudo pela janela do carro: ruas, calçadas, placas de trânsito, placas de carro, outdoors, espelho retrovisor, pessoas e seus casacos sóbrios ou coloridos, termômetros marcando 17º graus...
-Dessa vez não está chovendo, né?
-É, a chuva parou...
Nitidamente, mudava de assunto:
-Motoqueiros são a pior raça das estradas, né?
-Foi num lance parecido com esse que eu bati o carro.
-Tá engarrafado, né?
-É, deve ser sorte...
E então fui olhando tudo pela janela do carro: painel, retrovisor, pára-brisa, volante, mãos, têmporas, expressão séria, preocupação, olhos tristes, lábios contraídos, traídos por palavras que não acompanham os pensamentos, ter-mo-metros marcando 17 metros a mais, a menos, cada vez mais perto e mais longe...

-Aeroportos são lugares engraçados: ou você vai extremamente feliz ou extremamente triste!
-Não existe meio-termo!

Despedida não desprendida.
Prisioneira cativa dessas lembranças.
Desabraço de um braço que não me desabraça.
Desbeijo de um beijo que não perco o gosto...
Mas o gosto agora é salgado, amargo, tem gosto de ausência, de saudade...

A saudade é uma só, mas dividida para dois.
É chegar em casa e respirar o vazio,
Acordar sem o cheiro dos cabelos dele no travesseiro,
Não ter os braços e o abraço de manhã,
É o silêncio da voz dele...

Mas de alguma forma, a voz do Chico sussurra no meu ouvido:
"Vivia a te buscar, porque pensando em ti, corria contra o tempo
Eu descartava os dias em que não te vi.
Como de um filme, a ação que não valeu"

Então, descartando mais um dia, eu viro pro lado sem ter o lado dele na cama.
Eu não queria que ele soubesse de metade das tristezas que eu conto,
Não queria dividir a angústia que me corta,
Não queria dividir a saudade que me consome.
Mas a saudade é uma só, dividida para dois...





Alguém aceita um expresso?
Tô precisando afogar a saudade que tá me sufocando, mas ela sabe nadar...



Ps: De volta ao RJ depois de 2 mêses em Porto Alegre

13.8.08

O que eu leio por aí...

Pausa para um cafézinho entre amigos.

Então vamos a assuntos mais amenos.
Dias e dias (e muitos dias) atrás, alguém me propôs um meme e como eu não gosto de memes, não fiz.
Mas a idéia do meme era boa, valia a pena não pela distribuição de links, mas pela idéia de compartilhar coisas que eu gosto. Então agora que o meme já passou, vou fazer do meu jeito e nas entrelinhas responder "o que eu mais leio pela blogosfera".
Acho que eu pretendo fazer alguns posts como esse daqui pra frente. Tudo vai depender da minha paciência. Por enquanto, vou citar apenas alguns e espero que ninguém se sinta deixado de lado. Todos os links importantes pra mim, estão linkados no blog.
Bem, chega de blábláblá e vamos lá:

Dos Amigos

*Entretantas, Eu:
Uma das minhas passagens obrigatórias é o blog da Jana, uma amiga de muito tempo que eu tive o prazer de conhecer pessoalmente quando vim pra Porto Alegre e uma pessoa que eu admiro muito pela força, pela postura, pelo bom humor (ou péssimo humor, dependendo do dia). A Jana é "oito ou oitenta e os outros 71 quase nunca interessam", como ela mesma diz.
Conversando e lendo o blog uma da outra, descobrimos inúmeras coisas em comum e acabamos entendendo o que a outra quis dizer. Muitas vezes, lendo o Entretantas, eu solto um palavrão acompanhado de um "parece eu" ou um "ahhh eu poderia ter escrito isso". O Fato, é que ás vezes eu fico pensando que ela está falando de mim ou descrevendo certas coisas da minha vida quando ela fala de uma certa crise de humor ou de uma certa preguiça de vida.
A Jana é uma pessoa incrível, o blog é cativante, engraçado e ela escreve super bem, tão bem que sempre tem alguém plagiando.



*Morar Sozinho:
Morar Sozinho pode ser uma roubada, uma diversão ou uma roubada divertida. E quem acha que morar sozinho é só festa, está completamente enganado! O Vinícius, queria escrever um diário sobre suas aventuras morando sozinho, para no futuro olhar e dar risada de si mesmo. Então ele criou o blog e quem dá risada é quem lê.



*Dia de Folga:
Lu Monte é uma blogueira que tem opinião sobre tudo, então o blog é um coquetel de assuntos diversificados. É um blog cheio de opinião, informação, impressões e variedades. De cinema a receita de guloseimas, livros e dicas sobre blogs e o que anda acontecendo pela blogosfera. Adoro!



Do Vício:

Eu sou viciada em HQ, tiriinhas, cartoons, desenhos... E eu não consigo passar um mísero dia sem vasculhar as tirinhas na internet. E eu tenho um monte de blogs de tirinhas linkados no meu bloglines, que eu olho (e salvo) diariamente.
Dentre eles:

*Uninuni:
A seção de tirinhas desse blog é incrível! Tem: As If!, Baby Blues, Calvin e Haroldo, Dilbert, Garfield, Girls&Sports, Momma, Review e SinFest. Mas eu vou confessar uma coisa: raramente entro na seção dos posts e acesso principalmente porque é o único blog (pelo menos nunca achei outro) que posta tirinhas Baby Blues (que no Brasil ficou mais conhecida no jornal Globinho como Zoé e Zezé) e eu AMO Baby Blues de paixão! Até já pensei em criar um blog pra postar essas tirinhas mas eu mal dou conta deste... Enfim, conheçam!



*Bichinhos de Jardim:
Esse blog eu achei por acaso, por indicação de algum outro blog (que não lembro qual) que se rasgava de elogios pros desenhos. Paixão imediata! No meu computador tem uma pastinha com a minha "coleção" dessas tirinhas. Sou absolutamente apaixonada, já fui em feira Mix na Lapa SÓ para comprar os buttons dos Bichinhos e espero ansiosamente o dia que eles estarão á venda em pelúcia ou pano, porque eu preciso ter uma Joaninha mau humorada daquelas. Na minha casa. Conheçam os Bichinhos de Jardim, a Clara Gomes é brilhante!



*Cyanide & Happiness Traduzidos:
O melhor do pior, é com certeza Cyanide - uma webcomic publicada no site Explosm e feita por quatro autores. As tirinhas mais politicamente incorretas, com o humor mais negro, sujo e sem noção do mundo. Tem muitas tirinhas fakes por aí e os criadores ficariam milionários se ganhassem 1 real por cada uma que "se diz" original. Esse blog traz as tirinhas traduzidas e link para as originais. Vejo todos os dias e também coleciono!



Dos Desejos Consumistas:

Pois existem blogs que também adoram novidades tecnológicas, brinquedinhos geek e design de produtos.
Eu assino o feed de vários deles!

*Blog de Brinquedo:
Pra algumas coisas a gente nunca cresce! Para outras, desejaria continuar criança pro resto da vida. Eu tenho as minhas síndromes de Peter Pan e no dia que eu tiver um filho, suspeito que vou gostar mais dos brinquedos do que a criança.
O Blog de Brinquedo é com certeza o mais fantástico de todos e cada post é acompanhado por um grito de "eu queeeeeeeeeero". Tem de tudo: bonecos, jogos, toy art, brinquedos educativos, de papel, lego, quebra-cabeças (amo) e muito mais! Infelizmente, muita coisa eu vou continuar querendo, mas é uma baita inspiração naquele momento crítico de "o que comprar" pra presentear alguém. Se vocês quiserem, como mês que vem é meu aniversário, posso fazer uma lista de coisas que já apareceram lá que eu quero! (aproveitando que eu eu tô sonhando, peço um pônei)



*Bem Legaus:
O Próprio nome já diz, o blog é Bem Legaus! Imagine todas as coisas legais que você gostaria de ter, de cama, mesa, banho e escritório - tem de tudo por lá. André Montejorge reúne o que existe de mais legal num lugar só. Inclusive, produtos nacionais e "compráveis". Vejo todos os dias!



*Objetos de Desejo:
Esse blog, quando eu descobri, fui vasculhando post por post até acabarem os arquivos. Encontrei um milhão de coisas que eu também quero ter. Mas o que eu mais gosto nesse blog, é que a blogueira não apenas "indica" os produtos legais, mas também é uma consumista assumida que vai atrás dos produtos para comprar! Com bom humor e descobertas fantásticas, é um blog que sempre tem a minha atenção.



E pra terminar:
Do papo literário:

E pra falar de "papo literário" eu deveria indicar uns cem blogs ótimos que eu leio. Mas como o espaço é curto e a paciência de quem lê é mais curta ainda (oi? vocês ainda estão lendo?) vou deixar algumas figurinhas na gaveta e indicar dois blogs - do mesmo autor (Alessandro Martins) - que eu acompanho e indico!

*Livros e Afins:
Por motivos óbvios: eu adoro livros e adoro quem fala de livros!


&

*Cracatoa Simplesmente Sumiu:
Na minha opinião, crônicas muito bem escritas! Quando eu crescer quero aprender a escrever assim!



E só!
Quem sabe eu continuo esse post de indicações em próximos posts...
Deixem as xícaras na saída e voltem pro próximo café!

7.8.08

Da 'não' busca

Caminhava apressado pela rua que antecede a tua minha esquina Chovia e estava bastante frio – apesar de estarmos no verão Sei que você achou que a qualquer momento fosse tocar sua campainha ou bater na sua porta Ao invés disso, acelerei os passos para me distanciar da sua casa e da tua rua escura de postes tortos e lâmpadas queimadas. Caminhava apressado entre largos passos. A impressão que tens de mim, é imprecisa – não é contra o tempo que corro. Mas não quero perder nem um segundo do tempo que tenho, enquanto ainda o tenho. Eu passeio por estas ruas e não reparo nos grafites nos muros, nas paredes das casas... Tudo que eu enxergo aqui são aquelas velhas paredes onde você não se encostava pra não sujar o vestido. Era engraçado perceber, que quanto mais eu caminhava para longe da sua casa, mais feliz me sentia. Feliz e leve – enfim respirava ar puro... Todas as suas mentiras bobas, que antes me faziam rir, tornaram-se pesarosas a mim, Suas brincadeiras me parecem bem mais pejorativas, E de repente tudo foi perdendo o sentido! Os sentimentos que você escondia em baixo da cama quando deveria expor na parede de entrada da casa. As palavras que você calculava dizer pra parecer inteligente, Toda força que você fazia pra não se expor, pra não se envolver, Seu jogo sujo... Tanta banalidade, meu Deus! Tanta falta do que fazer... É estranho e engraçado perceber, que você se esconde sem saber que já não te busco! Continuei caminhando com a certeza de que a felicidade está nas coisas simples Como esse frio, por exemplo, que 'esquenta’ meu corpo e me proporciona esses pensamentos aconchegantes... 


Ps: O Conto estava nos rascunho e eu juro que não tive nenhuma idéia melhor!

Carolina! Na verdade se chama Ana Carolina e não gosta de ser chamada de Ana. Não revela a idade, mas todo mundo diz que aparenta bem menos. Fotógrafa e estudante de Jornalismo. Mudou de área depois de anos insatisfeita com a profissão. Carioca, apaixonante e implicante. Carinha de 8, espírito de 80 anos. Chata, mal humorada e anti-social. Gosta de rimas simples, de frases bobas e é viciada em café. Na vida passada foi um gato tamanha preguiça. Tem mania de ter manias, coleciona coisas inúteis e acha ridículo isso de falar de si mesma em 3º pessoa.

 
Expresso pra Dois © Todos os direitos reservados :: Ilustração por Rafaela Melo :: voltar para o topo